Publicado no Jornal OTEMPO em 24/09/2012
Quando
2012 terminar, as prefeituras terão recebido 7,94% a menos em recursos
do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) do que no ano anterior. A
previsão é do próprio governo federal, que reviu os valores previstos na
Lei Orçamentária Anual (LOA). Para a Confederação Nacional dos
Municípios (CMN), a União subestimou o impacto do benefício fiscal da
redução do IPI para vários setores na arrecadação e a queda pode chegar a
10,9%. O imposto é o principal fomentador do FPM.
"O governo está dizendo que o repasse vai cair de R$ 76,7 bilhões para R$ 70,6 bilhões. Mas acreditamos que cai para R$ 68,7 bilhões", destaca o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Considerando outros repasses constitucionais - além do FPM, os municípios recebem também parte do IPI de exportação e da Cide - a queda é ainda maior, 8,4% nas contas do governo e 11,2% na projeção da CNM. A receita total das cidades foi estimada em R$ 82,6 bilhões pela LOA. No fim do primeiro semestre, após os benefícios fiscais, o governo reduziu para R$ 75,6 bilhões e a CNM estima em R$ 73,3 bilhões. (APP e QA).
"O governo está dizendo que o repasse vai cair de R$ 76,7 bilhões para R$ 70,6 bilhões. Mas acreditamos que cai para R$ 68,7 bilhões", destaca o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Considerando outros repasses constitucionais - além do FPM, os municípios recebem também parte do IPI de exportação e da Cide - a queda é ainda maior, 8,4% nas contas do governo e 11,2% na projeção da CNM. A receita total das cidades foi estimada em R$ 82,6 bilhões pela LOA. No fim do primeiro semestre, após os benefícios fiscais, o governo reduziu para R$ 75,6 bilhões e a CNM estima em R$ 73,3 bilhões. (APP e QA).
Comentário de leitor:
Muttley - 24/092012 - 10:10
Belo Horizonte
Minas
Gerais é o Estado brasileiro com o maior número de municípios. São 853,
sendo que apenas 356 possuem mais de 10 mil habitantes. No final de
1995, foram criados 96 municípios com uma só canetada, visando atender
interesses políticos e partidários locais. Quase todos esses 96
municípios dependem do FPM para equilibrarem as contas. Sem contar
dezenas de outros municípios mais antigos que também vivem essa
situação. Cada município criado é mais uma prefeitura, mais uma câmara
municipal, secretarias, etc, enfim toda uma estrutura administrativa que
consome dinheiro público. Em Minas Gerais, por exemplo, há 71
municípios com menos de 3 mil habitantes. Não faz sentido manter a
estrutura administrativa citada para um município tão pequeno assim. São
Paulo, por exemplo, que possui mais que o dobro da população de MG e um
PIB quase 4 vezes maior, tem 645 municípios, ou seja, 208 a menos que
MG.
Solução para o problema? É só extinguir os municípios que não sejam
capazes de se sustentar com as próprias pernas. Voltariam a ser
distritos. Estabelecer regras mais rígidas para a criação de novos
municípios. Acabar com os cabides de emprego que ocorrem na maioria
dessas prefeituras. Creio que, dessa forma, boa parte do problema seria
atenuada.
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