O aracnídeo, ao atacar uma vespa, foi capturado por um pedaço de âmbar e conservado praticamente intacto até os dias de hoje
Cientistas da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos,
descobriram em Mianmar, no sul da Ásia, o primeiro fóssil de uma aranha
atacando sua presa. Os animais foram conservados por 100 milhões de anos
em um pedaço de âmbar, que caiu de uma árvore no momento do ataque e
acabou capturando os dois. A descoberta foi publicada nesta
segunda-feira (8) no periódico Historical Biology.
A jovem aranha pertencia à espécie Geratonephila burmanica, e a vítima era uma vespa Cascoscelio incassus.
Ambas espécies já estão extintas hoje. Além dos dois animais, o pedaço
de âmbar continha ainda o corpo de uma aranha do sexo masculino na mesma
teia, o que representa um comportamento atípico no passado desses
aracnídeos. Atualmente, a maioria das aranhas tem vidas solitárias e até
canibais.
"A vespa macho de repente se viu presa em uma teia de aranha. Esse foi o
pior pesadelo de sua vida, e nunca terminou. Ela estava prestes a ser
atacada, quando a resina de árvore caiu e capturou os dois", disse
George Poinar, que participou da pesquisa.
Segundo os pesquisadores, as aranhas são invertebrados que vivem há
cerca de 200 milhões de anos. A evidência fóssil mais antiga, porém, é
de 130 milhões de anos. Um ataque real entre uma aranha e sua presa na
teia nunca havia sido documentado. Segundo Poinar, essa espécie de vespa
pertence a um grupo que é conhecido como parasita de ovos de insetos.
Assim, segundo os cientistas, o ataque da aranha pode ser considerado
vingança.
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