quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Comandante mantém 600 militares detidos após sumiço de armas em quartel

Medida extrema adotada por um tenente-coronel do Exército que, após detectar o sumiço de quase 50 armas, determinou que todos os militares sob seu comando fossem aquartelados – cerca de 600 homens. Mesmo quem estava em casa, de folga, teve que ir para o quartel. Se em relação à liberdades individuais a medida parece absurda, observando o estrago que 47 armas podem fazer na sociedade o aquartelamento parece plausível:
Todos os militares em serviço no quartel do 62º BI (Batalhão de Infantaria), em Joinville (194 km de Florianópolis), estão detidos por ordem do comandante, enquanto um inquérito policial-militar (IPM) investiga o sumiço de 47 armas. Um cabo e um soldado foram presos.
Equipes já realizaram uma busca no quartel e recuperaram 11 delas. Os oficiais suspeitam que encarregados de guardarem as armas tenham escondido algumas lá dentro, para depois tentar retirá-las.
O desaparecimento das armas, resultado de apreensões na região, foi percebido em 25 de setembro. Cerca de 600 militares compõem a guarnição, comandada pelo tenente-coronel Ronaldo Navarro, que, no mesmo dia, ordenou a detenção de todo o pessoal. Eles permanecem com sua rotina interna, mas estão impedidos de sair.
Depois das primeiras notícias na imprensa, o comando permitiu saída em rodízio de grupos de soldados. Nesta quarta-feira (3), cerca de 50 deles puderam sair às 8h para resolver assuntos particulares. Na saída, todos passaram por revista.
Receptadores civis
Em Florianópolis, o coronel Pedro Carolo, comandante da 14ª Brigada de Infantaria, ao qual está subordinado o 62º BI, disse que “um cabo e um soldado já foram identificados e presos”, como parte de um esquema que envolveria civis como receptadores.
Ele não quis dar detalhes do IPM, que está sendo conduzido pela 5ª Circunscrição Judiciária Militar de Curitiba. O aquartelamento forçado dos militares surpreendeu a cidade, onde o 62º BI tem importância histórica.
Equipes de policiais militares foram à casa de muitos deles para convocá-los. Familiares relataram casos de praças sendo tirados de casa na madrugada – e desde 25 de setembro impedidos de voltar, mesmo nos dias de folga.
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Pelo menos onze armas foram recuperadas, e três suspeitos responsabilizados. O que acha o leitor?

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