sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Estudo internacional encontra 21 genes ligados ao colesterol

12/10/2012 06h30 - Atualizado em 12/10/2012 06h30

Grupo de mais de 180 cientistas analisou dados de 190 mil pessoas.
Descoberta pode ajudar a desenvolver novos tratamentos.

Do G1, em São Paulo
Um grupo de mais de 180 cientistas publicou no "American Journal of Human Genetics" o que consideram ser o maior estudo internacional de genética já feito sobre colesterol.
O trabalho identificou 21 genes diferentes ligados a esse tipo de gordura no sangue, o que pode ajudar a identificar novos alvos para tratamentos que visam reduzir os riscos associados ao problema, como doenças metabólicas e cardiovasculares – uma das principais causas de morte e invalidez no mundo.
O consórcio de 180 cientistas de três países diferentes foi liderado por Brendan J. Keating, do Centro de Genômica Aplicada do Hospital Infantil da Filadélfia, nos EUA, e Fotios Drenos, do Instituto de Ciências Cardiovasculares da University College de Londres.
Colesterol valendo (Foto: Arte/G1)
A equipe usou uma ferramenta de análise genética chamada "CardioChip", criada em 2006 por Keating e, desde então, usada em dezenas de estudos. O instrumento contém 50 mil marcadores de DNA em 2 mil genes relacionados a doenças cardiovasculares.
O consórcio analisou dados genéticos de mais de 90 mil pessoas de ascendência europeia. Na primeira parte, os autores usaram o CardioChip para descobrir um conjunto de dados de mais de 65 mil indivíduos analisados em 32 estudos anteriores. Eles, então, procuraram avaliar outros 25 mil voluntários. Além disso, foram usadas informações prévias de mais 100 mil pessoas.
A partir daí, o trabalho conseguiu identificar os 21 genes associados ao chamado colesterol ruim (LDL), ao colesterol bom (HDL), ao colesterol total e aos triglicérides. Também foi possível verificar 49 sinais genéticos já conhecidos – algumas variantes eram mais comuns em homens e outras, em mulheres.
info colesterol (Foto: arte / G1)
Segundo Drenos, apesar de cada uma das variantes no DNA ter um pequeno efeito sobre a característica dos lipídios (gorduras), o efeito cumulativo pode ampliar significativamente o risco de doenças.
Além do Hospital Infantil da Filadélfia e da University College de Londres, participaram do levantamento o Centro Médico Acadêmico (AMC) de Amsterdã e o Departamento de Cardiologia do Centro Médico Universitário em Utrecht, ambos na Holanda. Mais de 30 organizações e agências financiaram esse trabalho.

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