Redação Época
Baby do Brasil fez um show para comemorar seus 60 anos de idade na
noite desta quarta-feira (31) no Rio de Janeiro. Encorajada e amparada
pelo filho, o guitarrista Pedro Baby, que assina os arranjos do show, a
cantora, que há tempos se dedica à música gospel, voltou a cantar seus
antigos sucessos, aqueles da fase pré-conversão (Baby se tornou
evangélica no fim dos anos 90). E quando digo sucesso, são sucessos
mesmo. Nada de hits de verão. São músicas que entraram para a história
da música brasileira, como “Masculino e feminino”, “Sem pecado, sem
juízo”, “Telúrica”, “Todo dia era dia de índio”, “Um auê com você”, “A
menina dança (da época dos Novos Baianos)”, entre outras.
O show contou com a participação de Caetano Veloso, que, no fim dos
anos 70, deu a Baby a canção “Menino do Rio”. Juntos, além dessa,
cantaram ainda “Farol da Barra”
Em vídeo de divulgação do show,
Baby, que se autodenomina “popstora” (popstar + pastora), disse que o
filho fez um pedido para que ela não colocasse nenhuma música gospel no
show. “Ele me disse: quero que você olhe o seu trabalho, o tempo inteiro
você é espiritual”, diz. Baby também revela que relutou em aceitar a
proposta, mas que teve o “ok” (de Deus) e resolveu encarar o desafio.
E, a julgar pela plateia vip, muita gente estava com saudades da
Baby. Zélia Duncan, Ana Carolina, Teresa Cristina e Marisa Monte forma
algumas colegas de profissão que estiveram por lá. “O show de ontem
prova o valor de um percurso sem atalhos, em direção à música, ao
chamado que ela promove na vida de alguém”, escreveu Zélia no Twitter. A
cantora também comentou o encontro de Baby e Caetano no palco.
“Cantaram um Menino do Rio de chorar de lindo, durou DEZ min”.
Nas redes sociais e na mídia, a comoção foi parecida. Saudações e elogios para a cantora.
Em declarações após o show, Baby e Pedro não descartaram uma turnê
pelo país (a princípio só haveria esse show de comemoração) e até um
registro ao vivo da apresentação. Tomara! Uma voz como a de Baby –
carregada de história, personalidade e brilho, algo que falta muito ao
cenário musical atual – não pode ficar restrita a um tipo de música. E
que não vejam essa minha declaração como preconceito. Tudo é,
literalmente, divino.
(Fotos: Leonardo Aversa / Agência O Globo)
Danilo Casaletti
Nenhum comentário:
Postar um comentário