quarta-feira, 27 de março de 2013

Associação defende policial militar acusado de agredir mãe e filha

27/03/2013 07:01 - Atualizado em 27/03/2013 07:01

Renato Fonseca - Hoje em Dia


Frederico Haikal/Hoje em Dia
Após o episódio, empresária Mardelle Salomão, ao lado da filha, teve que levar oito pontos na testa

Com a testa machucada, empresária denuncia truculência da PM  - Mardelle Salomão Mais lenha na fogueira em torno da abordagem policial truculenta do cabo Divino Nascimento, lotado no Batalhão de Trânsito (BPTran), contra mãe e filha no último dia 17, na Estação José Cândido da Silveira, região Leste de Belo Horizonte. A Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra) criticou a atitude da chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Cláudia Romualdo, que visitou as vítimas na última segunda-feira (25).
“Essa é uma condenação pública e prematura do militar. É como se existisse um policial bom, no caso ela, e outro ruim, o cabo Divino. Foi um erro e, com certeza, feito a pedido do governo do Estado”, disparou o coordenador de Cidadania e Direitos Humanos da Aspra, subtenente Luiz Gonzaga. No dia da visita, a chefe do CPC negou que o encontro tenha sido um pedido de desculpas.
Imagens postadas nas redes sociais mostraram o envio de nove viaturas e três motos da PM à estação, para “conter” mãe e filha que entraram de carro na pista exclusiva de ônibus. Apesar de toda a repercussão negativa, a Aspra alega que o militar agiu corretamente e de acordo com a legislação em vigor. “Ele estava se defendendo das mulheres”, diz Gonzaga. 
Processo
Segundo o diretor da Aspra, o departamento jurídico da associação promete ajuizar duas ações contra as vítimas: uma civil de danos morais e materiais e outra penal, por desacato. Uma audiência pública foi solicitada para tratar do assunto na Assembleia Legislativa.
A coronel Cláudia disse que não iria rebater as críticas. “A partir de agora, vamos aguardar a conclusão das apurações”, disse.

CABO DIVINO - O OUTRO LADO DA HISTÓRIA



Lamentavelmente nossos Comandantes querem entregar a cabeça do militar que estava de serviço em uma bandeja para ser crucificado pela sociedade. Como representantes de classe me sinto na obrigação de mostrar o outro lado do história, o lado que o CPC omite:

1 - O veículo em que as agressoras do militar estavam  adentrou em um local de trânsito proibido, e o militar que estava na entrada da rodoviária fez sinal de braço e apitou para que o veículo parasse e a motorista não atendeu a ordem de parada do militar;

2 - Quem abordou o veículo inicialmente não foi o militar, mas o vigilante que atua na plataforma da rodoviária e pediu apoio ao Cabo Divino;

3 - A motorista tentava justificar a invasão da área proibida afirmando que entrará ali por que senão sua irmã iria perder o ônibus, dizendo "eu não sou obrigada a conhecer isso aqui";

4 - Após a abordagem o militar solicitou a CNH e a documentação do veículo, sendo informado pela condutora que não estava de posse do documento do veículo;

5 - O militar então, via rádio pediu ao COPOM que verificasse a situação do veículo, sendo informado que  estava irregular desde 2009, momento em que o militar solicitou o envio de um reboque;

6 - Ao pedir o reboque, o militar solicitou a motorista que puxasse o veículo um pouco a frente para liberar o local para o trânsito local, momento em que a motorista gritava para o militar que o veículo não seria rebocado;

7 - O radio operador do COPOM solicitou ao militar que entrasse e contato via 190 para passar os dados do veículo e assim gerar a ocorrência. Ainda quando o militar contactava pelo telefone a motorista tentou, a força, tomar as chaves do veículo do militar, momento em seu telefone caiu e a atendente ouvia os gritos da agressora contra o militar;

8 - A agressora então desferiu dois tapas na cara do militar, momento em que solicitou via rádio auxílio de outra viatura pois estava sozinho. A sua filha também passou a agredir o militar no intuito de tomar dele as chaves do carro e evadir do local;

9 - Foram os populares que dominaram a mulher raivosa, sendo que o militar somente dominou sua filha até a chegada do reforço. Aos gritos, a mãe dizia: "Desgraçado, vou te matar".

CONCLUSÃO:

O militar estava fardado e de serviço, logo representava o Estado naquele local;
Foi agredido, tendo sua ordem legal sido desobedecida;
Por mais que a agressora não conhecesse o local tinha a obrigação de conhecer as placas de sinalização e adentrou desobedecendo a placa de proibição;
A documentação do veículo estava irregular.


Nenhum comentário: