TENSÃO
26/03/2013 15h03
DA REDAÇÃO
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O Exército da Coreia do Norte advertiu nesta terça-feira que suas
forças de artilharia e foguetes estão na mais alta posição de combate.
Trata-se da mais recente ameaça do país, cujo alvo é a Coreia do Sul e
os Estados Unidos
O Ministério da Defesa de Seul disse que não percebeu qualquer
atividade militar suspeita na vizinha Coreia do Norte e que as
autoridades vão analisar a advertência.
Analistas dizem que um ataque direto norte-coreano é extremamente
improvável, especialmente durante os exercícios militares conjuntos
entre Estados Unidos e Coreia do Norte, que terminam em 30 de abril,
embora haja alguma preocupação sobre a provocação após o final dos
treinamentos.
As duas Coreias já registraram vários confrontos navais sangrentos nas
disputadas águas do Mar Amarelo desde 1999. Em novembro de 2010, a
artilharia norte-coreana atacou uma ilha sul-coreana e matou dois
fuzileiros navais e dois civis. Um suposto torpedo norte-coreano afundou
um navio de guerra sul-coreano no início do mesmo ano, matando 46
marinheiros sul-coreanos. Pyongyang nega ter afundado o navio.
A Coreia do Norte está irritada com os exercícios de guerra realizados
por Seul e Washington e com a intensificação das sanções da Organização
das Nações Unidas (ONU) por causa de seu teste nuclear de 12 de
fevereiro. O país prometeu lançar um ataque nuclear contra os Estados
Unidos e repetiu sua ameaça de reduzir o armistício que encerrou a
Guerra da Coreia a um "cessar-fogo".
Apesar da retórica, analistas externos não enxergam qualquer prova de
que a Coreia do Norte tenha a tecnologia necessária para construir uma
ogiva pequena o suficiente para ser colocado num míssil.
Nesta terça-feira, o Comando Supremo do Exército norte-coreano disse
que tomará "ações militares práticas" para proteger a soberania nacional
e sua liderança, em resposta a o que chamou de complôs dos Estados
Unidos e da Coreia do Sul de atacar o país.
O comunicado, divulgado pela agência estatal de notícias norte-coreana
Korean Central News Agency, cita a participação de bombardeios B-52,
que podem carregar bombas atômicas, durante os exercícios militares
conjuntos.
A Coreia do Norte colocou em campo suas forças de artilharia - que
incluem foguetes estratégicos e unidades de artilharia de longo alcance
que tem "capacidade para atingir bases do agressor imperialistas Estados
Unidos em seu território e no Havaí e em Guam e outras zonas
operacionais no Pacífico, assim como todos os alvos inimigos na Coreia
do Sul e seus arredores", diz o comunicado. As informações são da
Associated Press.
Agência Estado
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