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Jornalista e radialista Rodrigo Neto foi executado a tirosJornalista e radialista Rodrigo Neto foi executado a tiros

O jornalista e radialista Rodrigo Neto foi executado a tiros na noite de quinta-feira (7), no bairro Canaã, em Ipatinga, no Vale do Aço. O repórter era especializado na área policial e denunciou durante sua carreira diversos crimes, inclusive envolvendo policiais militares e civis.
Segundo a Polícia Militar, Rodrigo deixava um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, quando dois homens chegaram em uma motocicleta escura e atiraram em direção ao jornalista. A vítima foi alvejada na cabeça e no peito. Ele foi socorrido ainda com vida, mas morreu a caminho do Hospital Márcio Cunha. Os executores fugiram e não foram localizados ou identificados.
Bacharel em direito, Rodrigo Neto era natural de Caratinga e trabalhou como repórter policial em vários veículos de comunicação da região, iniciando sua carreira pelo “Diário de Caratinga”. Ele foi responsável por uma série de reportagens investigativas, como a Chacina de Belo Oriente e dizia que o crime não era solucionado por falta de interesse das autoridades policiais.
Também denunciou a série de crimes do “assassino da moto verde”, onde o suspeito era um grupo de policiais. Neto chegou a prestar depoimentos junto à Corregedoria da Polícia Civil sobre os crimes que denunciava. Em uma de suas recentes postagens na rede social ele escreveu: “Alguns crimes não são solucionados por acharem não ser conveniente cortar na própria carne”.
O jornalista era casado e tinha um filho de 7 anos. Neto se preparava para prestar concursos públicos, inclusive para delegado da Polícia Civil. O repórter já havia recebido várias ameaças de morte, que ele tinha a convicção de serem motivadas por sua atividade profissional.