sexta-feira, 8 de março de 2013

Ministério anuncia liberação de R$ 32 mi para a Pampulha


RESTAURAÇÃO
Recurso será usado em obras de Niemeyer que ficam na orla da lagoa
Publicado no Jornal OTEMPO em 08/03/2013
BERNARDO MIRANDA

FOTO: LEO FONTES - 21.01.13
Recursos. Despoluição da lagoa tem custo estimado em R$ 290 milhões; previsão é que metade do trabalho termine até Copa de 2014
Uma força-tarefa será montada para revitalizar o complexo arquitetônico da Pampulha, na capital, para que o local seja reconhecido como Patrimônio Histórico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O objetivo dos envolvidos - governos federal, estadual e municipal - é conseguir o título antes de 2016, quando o Brasil sedia os jogos olímpicos, no Rio de Janeiro. 
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, discutiu o assunto com o prefeito Marcio Lacerda, em Belo Horizonte, onde participou do Fórum de Políticas Culturais, ontem. Ela anunciou a liberação de R$ 32 milhões do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para restaurar obras do arquiteto Oscar Niemeyer no local, como a Igreja de São Francisco de Assis, a Casa do Baile e o Museu de Arte da Pampulha.
Também projetado por Niemeyer, o prédio do Iate Tênis Clube está na lista de reformas, mas teve o edifício alterado, segundo Lacerda. "Temos alguns problemas lá, já que o projeto inicial foi desfigurado, mas estamos em negociação com os diretores da entidade".
Despoluição. Para a obtenção do título de Patrimônio Histórico da Humanidade, além de reformar os prédios, é essencial que a lagoa da Pampulha seja despoluída. Após atrasos por dificuldades para conseguir financiamento, a prefeitura lançou, no mês passado, o edital de licitação para desassoreamento da barragem, tratamento bioquímico das águas e revitalização do entorno, com implantação de ciclovias e ajardinamento, com previsão de custos de R$ 150 milhões.
Já a Copasa deve concluir, neste ano, a expansão da rede de coleta de esgoto em comunidades que despejavam os rejeitos em córregos que abastecem a lagoa, ao custo de R$ 140 milhões. 
O prefeito anunciou ontem que, na próxima semana, vai montar um grupo de ações para identificar prédios e casas que, mesmo contando com rede de coleta de esgoto, fazem a ligação na rede pluvial ou diretamente nos córregos. 
Até a Copa do Mundo de 2014, a expectativa é que pelo menos metade da lagoa esteja despoluída. 




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