Greve da categoria instaura o caos na capital e deixa motoristas indignados.
Clarisse Souza e Patricia Giudice - Estado de Minas
Publicação: 26/04/2013 06:00 Atualização: 26/04/2013 06:46
Clarisse Souza e Patricia Giudice - Estado de Minas
Publicação: 26/04/2013 06:00 Atualização: 26/04/2013 06:46
Integrantes da corporação responsável por
organizar o trânsito em Belo Horizonte e por cuidar da preservação de
prédios e espaços públicos participaram ontem de protestos que travaram o
tráfego, espalharam infrações por toda a capital e testaram a paciência
dos cidadãos durante o dia inteiro. Cerca de mil guardas municipais
começaram sua manifestação na Avenida dos Andradas, deslocaram-se para a
Afonso Pena, no Centro, e pararam a Praça Sete nos dois sentidos antes
de seguir para a frente da prefeitura, onde se concentraram. Enquanto os
manifestantes reivindicavam melhorias para a categoria, o trânsito na
cidade parava progressivamente. A lentidão atingiu todo o hipercentro,
se alastrou pela Avenida Amazonas e pelo Complexo da Lagoinha até chegar
às avenidas Antônio Carlos, Cristiano Machado e Pedro II, além das vias
e bairro vizinhos, inclusive a região hospitalar. No fim da tarde, os
mesmos manifestantes invadiram a sede da Guarda, causando mais confusão.
A gravidade da situação foi tamanha que levou a administração municipal
a decretar situação de emergência e ameaçar convocar pessoal para
substituir servidores que deixarem seus postos.
Saiba mais...
Prefeitura decreta situação de emergência em BH por causa de greve dos guardas municipais
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Greve dos guardas municipais teve invasão de sede e tumulto em BH
Durante os protestos, agentes da BHTrans e
do Batalhão de Trânsito da PM tentaram sem sucesso organizar o caos.
Enquanto os servidores da Guarda fechavam vias vitais para a cidade,
inclusive acessos a hospitais, motoristas irritados buzinavam e
avançavam sobre canteiros centrais de vias como a Afonso Pena para
tentar fugir do engarrafamento. Mas muitos não tinham saída. Ângelo
Gontijo, de 19 anos, gastou mais de uma hora e meia entre BH e Betim,
trajeto que normalmente consumiria a metade do tempo. “Acho um
desrespeito com os moradores da cidade. Todos têm que buscar seus
direitos, mas sem atrapalhar os outros”, afirmou. Ivan Batista, de 57,
se mostrava impaciente. “Gastei meia hora da Andradas até a Rua da
Bahia, quando o normal seriam cinco minutos. É um absurdo”, disse. Para
ele, as manifestações precisam ocorrer em lugares que não prejudiquem a
cidade.
Os manifestantes querem recomposição salarial referente a cinco anos, concurso público, armamento, mais viaturas e coletes, além da saída de policiais militares reformados que, segundo o diretor do Sindicato das Guardas Municipais de Minas Gerais (Sindiguarda) Wellington José Nunes Cesário, ocupam cerca de 200 cargos na corporação. “A recomposição prometida foi de 13,92% mais 27% de defasagem, e isso não foi cumprido”, afirmou. Hoje são 2.324 guardas municipais e há um estudo para um concurso público com mais 500 vagas. Mas, para o sindicalista, a demanda é duas vezes maior. Na noite de ontem a categoria decretou greve por tempo indeterminado, com possibilidade de mais protestos.
A Prefeitura de BH informou que a Guarda tem 18 profissionais egressos da PM e que não há impedimento legal para eles atuarem. “A inserção desses profissionais é criteriosa e considera sua formação e capacidade de gerenciamento”, informa a nota. Sobre o porte de armas, informou que a instituição está se adequando às exigências do Estatuto do Desarmamento. Quanto à recomposição salarial, a administração sustenta que de 2007 a 2012 foi concedido reajuste de 83,75% aos guardas, contra a inflação acumulada de 39,83%. Projeto de lei tratando do próximo reajuste está em tramitação no Legislativo municipal, sustenta a PBH.
Os manifestantes querem recomposição salarial referente a cinco anos, concurso público, armamento, mais viaturas e coletes, além da saída de policiais militares reformados que, segundo o diretor do Sindicato das Guardas Municipais de Minas Gerais (Sindiguarda) Wellington José Nunes Cesário, ocupam cerca de 200 cargos na corporação. “A recomposição prometida foi de 13,92% mais 27% de defasagem, e isso não foi cumprido”, afirmou. Hoje são 2.324 guardas municipais e há um estudo para um concurso público com mais 500 vagas. Mas, para o sindicalista, a demanda é duas vezes maior. Na noite de ontem a categoria decretou greve por tempo indeterminado, com possibilidade de mais protestos.
A Prefeitura de BH informou que a Guarda tem 18 profissionais egressos da PM e que não há impedimento legal para eles atuarem. “A inserção desses profissionais é criteriosa e considera sua formação e capacidade de gerenciamento”, informa a nota. Sobre o porte de armas, informou que a instituição está se adequando às exigências do Estatuto do Desarmamento. Quanto à recomposição salarial, a administração sustenta que de 2007 a 2012 foi concedido reajuste de 83,75% aos guardas, contra a inflação acumulada de 39,83%. Projeto de lei tratando do próximo reajuste está em tramitação no Legislativo municipal, sustenta a PBH.
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