Ouro Preto
Ufop e PM disputam prédio do colégio Dom Bosco
Governador de Minas espera decisão judicial para retomar imóvel
PUBLICADO EM 28/05/13 - 3h0
O prédio e o terreno do colégio Dom Bosco, uma das edificações mais
importantes para o movimento da Inconfidência Mineira – onde funcionou o
primeiro quartel da Polícia Militar (PM) de Minas e onde serviu
Tiradentes –, são disputados pela corporação e a Universidade Federal de
Ouro Preto (Ufop), na região Central do Estado.
O imóvel, com 577 hectares, localizado no distrito de Cachoeira do
Campo, foi doado pelo governo mineiro à Inspetoria São João Bosco, em
1893. Desde 2011, uma ação civil pública movida pelo Ministério Público
de Minas Gerais (MPMG) pede que tudo seja devolvido ao Estado.
Por meio de assessoria de imprensa, o governador Antonio Anastasia
informou que aguarda a decisão judicial para definir o novo dono do
terreno. Enquanto o resultado não sai, a PM afirma que já enviou um
projeto ao governo, informando que pretende construir um museu e
instalar uma tropa de cavalaria na área.
“A PM tem interesse (no imóvel) porque foi o primeiro quartel de Minas e
por causa da expansão de Ouro Preto, que acontece para aquele lado”,
disse o subcomandante do 52º Batalhão de PM de Ouro Preto, major Winder
Rodrigues.
Mesmo sem ter formalizado ao Estado suas intenções, a Ufop afirma que
pretende expandir seu campus para o distrito, construindo prédios para
novos cursos, laboratório e parque ecológico. “Não temos espaço para
expandir nosso campus. Seria uma possibilidade”, afirmou o reitor,
Marcone Souza. PM e Ufop concordam sobre dividir o terreno.
Motivação. A ação do MPMG foi motivada pela venda do colégio Dom Bosco a uma empresa de engenharia. O órgão alegou que o prédio, alugado para um hotel e para uma empreiteira nos últimos anos, não estava sendo usado para fins educacionais e suspendeu a negociação.
Motivação. A ação do MPMG foi motivada pela venda do colégio Dom Bosco a uma empresa de engenharia. O órgão alegou que o prédio, alugado para um hotel e para uma empreiteira nos últimos anos, não estava sendo usado para fins educacionais e suspendeu a negociação.
Em nota, a inspetoria afirmou que jamais existiu a obrigação de destinar o prédio a fins educacionais e que não existe amparo legal para a retomada do terreno.
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