Quinta, 20 Junho 2013 21:16 Escrito por Assessoria de Imprensa
O Governador Anastasia dá um verdadeiro atestado de incompetência ao
solicitar o apoio da Força Nacional de Segurança Pública para atuar nas
manifestações em Minas Gerais. Um contingente de 150 homens para
reforçar um universo de 45.000?. Os homens da Força Nacional não são e
nem estão mais bem preparados do que os Policiais militares de Minas
Gerais, até porque, parte dela é composta por Policiais mineiros.
Destacar a Força Nacional é mais uma estratégia de Marketing do Governo
Federal e principalmente do Estadual. O que está acontecendo é que o
Governo não sabe como lidar com a manifestação popular. O máximo que ele
sabe é lidar com movimentos organizados, principalmente os de
funcionários públicos, para os quais o mesmo tem o peso da caneta nas
demissões, transferências, e uma assembléia legislativa pronta para
referendar suas políticas de desrespeito e desvalorização. O Chamado
“rolo” compressor assola no silêncio das galerias a sociedade, que agora
como “rolo” esmagador, sufoca os governos que não sabem como lidar com o
povo.
O que está acontecendo hoje é diferente. É o Povo. Não é servidor público e nem partido político.
Mais uma vez os principais atores do estado para garantir o equilíbrio
são Policiais e Bombeiros militares. São eles que estão com a
responsabilidade de garantir a realização das manifestações. Seja pela
negociação, pela contenção, pela prevenção da violência, pelo
cumprimento da lei e sustentação da governabilidade.
Até agora nenhum governador, deputado, vereador, dirigente sindical,
padre, pastor, jornalista, doutor, ninguém veio ao encontro do povo para
conversar, negociar, convergir. Somente a Polícia Militar. Todos os
demais estão em seus gabinetes e redações, fazendo análises e projeções
políticas. O caos político, a falta de credibilidade, as ações e/ou
omissões para com a sociedade não fomos nós Policiais e Bombeiros
militares que as construímos. Quem não duplica a rodovia da morte, quem
não reajusta com dignidade os salários do funcionalismo público; quem se
deixar financiar politicamente pelos “empresários” não somos nós da
Segurança Pública. Todavia, a única parte visível do estado
frente-a-frente com a sociedade somos nós, isso é fato.
Na linha de frente está os Policiais e Bombeiros Militares, com
sobrecarga de trabalho, sem os equipamentos mínimos de proteção, por
determinação do Governador.
Os policiais militares não estão a serviço de nenhum interesse
político. São profissionais, prezam a democracia e a liberdade. Tem
família e se orgulham desta sociedade que busca transformações. Seus
filhos também estão nas ruas, nesta mesma luta.
Atribuir o recrudescimento das manifestações a ação da policia, é
ignorar a realidade. O movimento não nasceu de nenhuma ação policial, e
sim de governo. É uma manifestação que questiona o poder constituído,
com seus modelos de representação. Que busca mais saúde, educação,
segurança. Que quer ver a corrupção varrida da política, e os
corruptores punidos, razão pela qual rechaça a PEC 37.
Os Policiais Militares são dessa mesma sociedade, com os mesmos anseios
e necessidade, por isso exigem do Governo que os respeitem, que os
valorizem, pois sabem que não são donos da sociedade e nem estão a
serviço do Governo. Sua missão e preservar a vida, a liberdade, a
integridade, preservar a democracia e garantir a governabilidade.
A Aspra se orgulha de representar uma classe e uma categoria de
profissionais imprescindíveis a sociedade, que são os Policias e
Bombeiros Militares de Minas Gerais.
Neste momento do exercício da democracia participativa, com esta
histórica participação social, apenas as polícias militares, enquanto
estado, estão no contato ou no confronto com os manifestantes. Os demais
atores não aparecem, pois só tem equilíbrio e legitimidade para os
aplausos. Só mesmo profissionais competentes e responsáveis como os
policiais Militares e uma Instituição bicentenária como a Policia
Militar de Minas Gerais, poderia dar conta desta missão.
De resto, esperamos, para a felicidade de nossos filhos, que destas
manifestações e do trabalho dos Policiais Militares, uma nova ordem
social seja pactuada, onde a liberdade, a democracia, a honestidade, a
divisão equitativa das riquezas e a paz sejam uma realidade para todos,
e, não apenas para os detentores do poder político e econômico de nossa
nação.
Marco Antonio Bahia Silva, Cabo PM
Presidente da Aspra
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