sexta-feira, 21 de junho de 2013

A Força Nacional é fiasco do Governo

Quinta, 20 Junho 2013 21:16 Escrito por 
A Força Nacional é fiasco do Governo Por Cabo Bahia
O Governador Anastasia dá um verdadeiro atestado de incompetência ao solicitar o apoio da Força Nacional de Segurança Pública para atuar nas manifestações em Minas Gerais. Um contingente de 150 homens para reforçar um universo de 45.000?. Os homens da Força Nacional não são e nem estão mais bem preparados do que os Policiais militares de Minas Gerais, até porque, parte dela é composta por Policiais mineiros.
Destacar a Força Nacional é mais uma estratégia de Marketing do Governo Federal e principalmente do Estadual. O que está acontecendo é que o Governo não sabe como lidar com a manifestação popular. O máximo que ele sabe é lidar com movimentos organizados, principalmente os de funcionários públicos, para os quais o mesmo tem o peso da caneta nas demissões, transferências,  e uma assembléia legislativa pronta para referendar suas políticas de desrespeito e desvalorização. O Chamado “rolo” compressor assola no silêncio das galerias a sociedade, que agora como “rolo” esmagador, sufoca os governos que não sabem como lidar com o povo.
O que está acontecendo hoje é diferente. É o Povo. Não é servidor público e nem partido político.
Mais uma vez os principais atores do estado para garantir o equilíbrio são Policiais e Bombeiros militares. São eles que estão com a responsabilidade de garantir a realização das manifestações. Seja pela negociação, pela contenção, pela prevenção da violência, pelo cumprimento da lei e sustentação da governabilidade.
Até agora nenhum governador, deputado, vereador, dirigente sindical, padre, pastor, jornalista, doutor, ninguém veio ao encontro do povo para conversar, negociar, convergir. Somente a Polícia Militar.  Todos os demais estão em seus gabinetes e redações, fazendo análises e projeções políticas. O caos político, a falta de credibilidade, as ações e/ou omissões para com a sociedade não fomos nós Policiais e Bombeiros militares que as construímos. Quem não duplica a rodovia da morte, quem não reajusta com dignidade os salários do funcionalismo público; quem se deixar financiar politicamente pelos “empresários” não somos nós da Segurança Pública. Todavia, a única parte visível do estado frente-a-frente com a sociedade somos nós, isso é fato.
Na linha de frente está os Policiais e Bombeiros Militares, com sobrecarga de trabalho, sem os equipamentos mínimos de proteção, por determinação do Governador.
Os policiais militares não estão a serviço de nenhum interesse político. São profissionais, prezam a democracia e a liberdade. Tem família e se orgulham desta sociedade que busca transformações. Seus filhos também estão nas ruas, nesta mesma luta.
Atribuir o recrudescimento das manifestações a ação da policia, é ignorar a realidade. O movimento não nasceu de nenhuma ação policial, e sim de governo. É uma manifestação que questiona o poder constituído, com seus modelos de representação. Que busca mais saúde, educação, segurança. Que quer ver a corrupção varrida da política, e os corruptores punidos, razão pela qual rechaça a PEC 37.
Os Policiais Militares são dessa mesma sociedade, com os mesmos anseios e necessidade, por isso exigem do Governo que os respeitem, que os valorizem, pois sabem que não são donos da sociedade e nem estão a serviço do Governo. Sua missão e preservar a vida, a liberdade, a integridade, preservar a  democracia e garantir a governabilidade.
A Aspra se orgulha de representar uma classe e uma categoria de profissionais imprescindíveis a sociedade, que são os Policias e Bombeiros Militares de Minas Gerais.
Neste momento do exercício da democracia participativa, com esta histórica participação social, apenas as polícias militares, enquanto estado, estão no contato ou no confronto com os manifestantes. Os demais atores não aparecem, pois só tem equilíbrio e legitimidade para os aplausos. Só mesmo profissionais competentes e responsáveis como os policiais Militares e uma Instituição bicentenária como a Policia Militar de Minas Gerais, poderia dar conta desta missão.
De resto, esperamos, para a felicidade de nossos filhos, que destas manifestações e do trabalho dos Policiais Militares, uma nova ordem social seja pactuada, onde a liberdade, a democracia, a honestidade, a divisão equitativa das riquezas e a paz sejam uma realidade para todos, e, não apenas para os detentores do poder político e econômico de nossa nação.
 
Marco Antonio Bahia Silva, Cabo PM
Presidente da Aspra

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