VALDO CRUZ
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA- http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/09/1341307-dilma-mantem-distancia-mas-apoia-recursos.shtml
DE BRASÍLIA- http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/09/1341307-dilma-mantem-distancia-mas-apoia-recursos.shtml
A presidente Dilma Rousseff seguirá mantendo distância e evitando
interferir no processo do mensalão, mas reservadamente entende que os
réus deveriam ter direito a apresentar embargos infringentes, que
permitiriam um segundo julgamento em alguns casos.
Segundo assessores, Dilma tem uma posição de "solidariedade" com colegas
de partido condenados pelo Supremo, sobretudo com o petista José
Genoino, e defende que eles tenham amplo direito de defesa.
Novo julgamento do mensalão depende do ministro mais antigo
Celso de Mello indica que é favorável a uma nova chance
Celso de Mello indica que é favorável a uma nova chance
Por razões institucionais, porém, ela decidiu não interferir nem se
pronunciar enquanto o julgamento do mensalão ainda estiver em curso.
Para o Planalto, uma eventual decisão do Supremo de acatar os embargos
infringentes --que pode fazer com que o julgamento invada 2014-- não
trará um prejuízo expressivo à campanha da reeleição.
Segundo assessores, boa parte dos eleitores não faz associação entre a
presidente e o processo do mensalão. Eles lembram que a oposição tentou
fazer essa vinculação na campanha de 2010, mas a tática não surtiu
efeito.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
SEGUNDA CHANCE
Dentro do governo, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, já
defendeu um segundo julgamento. Ontem, foi a vez de seu colega das
Comunicações, Paulo Bernardo.
"Do ponto de vista político, essa hipoteca [mensalão] já foi quitada
várias vezes, e o governo sempre se manifestou com respeito às
instituições. Vamos acatar o resultado. Não sou jurista, mas a regra
democrática diz que todos têm direito a um segundo julgamento", declarou
o ministro à Folha.
Segundo assessores de Dilma, o ideal seria que o julgamento do mensalão
acabasse antes das eleições, mas isso não significa que ela torça para
que o Supremo não aceite os embargos infringentes.
Do ponto de vista jurídico, o governo entende que o mensalão está sendo
analisado por uma única instância, o STF, enquanto as cortes
internacionais recomendam que qualquer julgamento seja submetido a pelo
menos duas instâncias.
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