sábado, 14 de setembro de 2013

“Gushiken era o único que dizia a Lula o que precisava ser dito nas horas difíceis”, diz Dirceu

14/9/2013 às 15h15 (Atualizado em 14/9/2013 às 15h41)

Ex-ministro afirma que Gushiken foi o maior injustiçado no mensalão, 'até porque foi absolvido'

Julia Carolina, do R7
José Dirceu classificou o mensalão como uma campanha contra o PT Gabriela Biló/14.09.2013/Estadão Conteúdo
O ex-ministro da Casa Civil durante o governo Lula José Dirceu esteve neste sábado (14) no velório do ex-ministro Luiz Gushiken, que morreu na última sexta-feira (13) em decorrência de um câncer de estômago. Condenado a dez anos e dez meses de prisão no julgamento do mensalão, Dirceu aproveitou a chance para dizer que o caso foi uma “campanha” contra o PT.  
Dirceu ressaltou a importância de Gushiken na chega do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder. Segundo o ex-ministro, condenado no mensalão, Gushiken “foi o melhor cá entre nós e será sempre o melhor” e era um “homem muito digno”.  
— Era o único que dizia para o Lula o que precisava ser dito nas horas difíceis. [...] É um dos principais responsáveis pela chegada do Lula ao poder. [...] Morreu feliz porque viu que tudo o que ele sonhou aconteceu. Ele lutou até o final por isso.  
Dirceu relembrou os pensamentos de Gushiken sobre o processo do mensalão.  
— Ele dizia que a fase heroica do PT era o chamado mensalão, porque foi, talvez, [na opinião de Gushiken] a maior campanha que já foi feita contra um partido político no País.  
Dirceu destacou ainda que Gushiken foi absolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento. Para o ex-ministro da Casa Civil, Gushiken foi “o maior injustiçado”.  
— Até porque depois ele foi absolvido a pedido do Ministério Público. [...] Ele foi solidário comigo, apesar de injustamente ter sido acusado, pré-julgado, condenado e linchado. Deixou um legado de luta e coragem.  
A presidente Dilma Rousseff também esteve no enterro do ex-ministro Luiz Gushiken. Ela chegou por volta das 15h15, mas não falou com a imprensa.

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