Ex-presidente participou nesta manhã de evento do PT na capital paulista.
Nesta tarde, ele deve comparecer ao velório do amigo.
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou ao lembrar do
ex-ministro em evento do PT em SP (Foto: Marco Ambrósio/Frame/Estadão
Conteúdo)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou na manhã deste sábado
(14) ao lembrar do ex-ministro Luiz Gushiken durante o encontro Estadual
do Partido dos Trabalhadores (PT), na quadra dos Bancários, em São
Paulo. Ele fez um discurso no qual mencionou a atuação do amigo, que
morreu na noite de sexta-feira (13). A expectativa é que Lula compareça
nesta tarde ao velório, que acontece no Cemitério do Redentor, no
Sumaré, Zona Oeste da capital paulista.
Gushiken morreu aos 63 anos na noite desta sexta-feira (13) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O ex-ministro das Comunicações do governo Lula e fazia tratamento contra câncer no estômago desde 2002 e morreu em decorrência da doença.
Gushiken morreu aos 63 anos na noite desta sexta-feira (13) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O ex-ministro das Comunicações do governo Lula e fazia tratamento contra câncer no estômago desde 2002 e morreu em decorrência da doença.
Na sexta-feira, após saber da morte de Gushiken, o ex-presidente
divulgou uma nota assinada em parceria com a mulher Marisa Letícia na
qual chamou o ex-ministro de "um militante político brilhante". "Nunca
esqueceremos a contribuição generosa de Gushiken para a construção desse
Brasil que sonhamos juntos e que sem ele não seria possível. Neste
momento de dor, queremos nos juntar e prestar nossa solidariedade aos
seus familiares, amigos e todos aqueles que, como nós, só podem
agradecer a Deus ter convivido com uma pessoa tão iluminada quanto Luiz
Gushiken", diz a nota.
Lula e e Marisa também elogiaram a atuação de Gushiken no PT e como
sindicalista. "No Sindicato dos Bancários de São Paulo, no Partido dos
Trabalhadores, na Assembleia Constituinte, no governo e em todos os
espaços em que atuou, sempre defendeu a democracia, a classe
trabalhadora e um mundo com mais harmonia e justiça social", afirmam.
O corpo de Gushiken chegou às 7h20 ao cemitério. O filho Guilherme
Gushiken, 30, pediu que a imprensa não acompanhe o velório dentro da
sala. A presidente Dilma Rousseff deve chegar a São Paulo por volta das 14h30 para participar do velório, como informou o Planalto.
Gushiken conheceu Lula quando ainda era secretário-geral do sindicato, na década de 70. Depois, foi presidente nacional do PT (1988 a 1990) e duas vezes coordenador da campanha de Lula a presidente (1989 e 1998).
Gushiken foi ministro da Secretaria de Comunicação do governo Luiz Inácio Lula da Silva Lula. Ele exerceu três mandatos de deputado federal pelo PT (1987-1990, 1991-1994 e 1995-1999).
Gushiken conheceu Lula quando ainda era secretário-geral do sindicato, na década de 70. Depois, foi presidente nacional do PT (1988 a 1990) e duas vezes coordenador da campanha de Lula a presidente (1989 e 1998).
Gushiken foi ministro da Secretaria de Comunicação do governo Luiz Inácio Lula da Silva Lula. Ele exerceu três mandatos de deputado federal pelo PT (1987-1990, 1991-1994 e 1995-1999).
saiba mais
Bancário, Gushiken foi fundador e dirigente do PT e da Central Única
dos Trabalhadores (CUT). Exerceu a coordenação de campanhas
presidenciais de Lula e, no ano passado, foi absolvido pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), por falta de provas, da acusação de crime de
peculato no julgamento do mensalão. A absolvição de Gushiken foi pedida
pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
O ex-ministro foi acusado de peculato (delito cometido por servidor contra a administração pública) após depoimento de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing e Comunicação do Banco do Brasil, que disse ter agido a mando de Gushiken no esquema que teria desviado, entre 2003 e 2004, R$ 73,8 milhões do Fundo de Investimento da Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (Visanet).
O ex-ministro foi acusado de peculato (delito cometido por servidor contra a administração pública) após depoimento de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing e Comunicação do Banco do Brasil, que disse ter agido a mando de Gushiken no esquema que teria desviado, entre 2003 e 2004, R$ 73,8 milhões do Fundo de Investimento da Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (Visanet).
O dinheiro seria uma das fontes de recursos públicos do chamado
"valerioduto", esquema pelo qual eram repassados recursos a
parlamentares como pagamento pelo apoio político ao governo Lula em
votações no Congresso, segundo o entendimento dos ministros do Supremo.
Gushiken sempre negou as acusações e, em sua defesa, sustentou que não eram da sua alçada os recursos do fundo da Visanet.
Depois de deixar a Secretaria de Comunicação, Gushiken passou a ocupar a
chefia do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da
República, de onde se demitiu em novembro de 2011.
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