12/10/2013
às 4:19
Pois é… Esta é do balacabaco! Leiam o que informam Afonso Benites, Rogério Pagnan e Joznmar Jozino, na Folha:
O Supremo
Tribunal Federal barrou a contratação de um assessor depois de ser
alertado por promotores paulistas que ele era irmão de uma advogada de
chefes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A decisão
de evitar a nomeação do profissional para um cargo de confiança no
gabinete do ministro Ricardo Lewandowski foi tomada após alerta ao órgão
feito pelo Ministério Público Estadual. Os promotores de São Paulo
temiam que a facção criminosa tivesse a intenção de infiltrar uma pessoa
no STF. O caso ocorreu em 2010. Embora não tenham comprovado nenhuma
ligação do advogado que seria contratado com integrantes do PCC, a
condição da irmã dele como defensora do grupo colocou as autoridades em
alerta. As informações chegaram à Promotoria durante a maior
investigação já realizada contra o PCC em todo o país.
Conforme
escutas telefônicas feitas em agosto de 2010, a advogada de Daniel
Vinicius Canônico, o Cego, um dos chefes do PCC, disse para ele que o
irmão dela trabalharia como assessor de Lewandowski e que isso poderia
facilitar em processos. “Meu irmão foi chamado para trabalhar com um
ministro, o Lewandowski, aí estava pensando nisso hoje, pra juntar
vários pedidos [de progressão de regime] que foram negados, levar pra
Brasília e conversar com um ministro, vou ver se consigo”, afirmou a
advogada no grampo.
Assim que
souberam, os promotores procuraram o então presidente do STF, Cezar
Peluso. Segundo esses promotores, o ministro avisou seu colega de corte,
que desistiu da contratação. Peluso afirmou que não se lembra do caso.
“Passei por tanta coisa no Supremo que não me recordo de tudo”, disse
ele à Folha. Lewandowski informou, por meio de sua assessoria, que a
contratação do profissional não ocorreu.
(…)
(…)
1/10/2013 às 15:06
PCC mantém ativa ordem para matar Alckmin; leia e ouça diálogo em que o PCC mandou votar no PT
O
PCC tem seus afetos e seus desafetos. Do governador Geraldo Alckmin,
por exemplo, o partido do crime não gosta. E agora fica claro que a
organização mantém ativa a ordem de matar o governador. E já mandou, em
2006, que seus aliados votassem no PT, mais especificamente em José
Genoino. Leiam o que vai no Estadão Online. Volto depois.
Por Marcelo Godoy:
O Primeiro Comando da Capital (PCC) decretou a morte do governador Geraldo Alckmin. Interceptações telefônicas mostram que pelo menos desde 2011 a facção planeja matar o governador de São Paulo. O Estado teve acesso ao áudio de uma interceptação telefônica na qual um dos líderes do PCC, o preso Luis Henrique Fernandes, o LH, conversa com dois outros integrantes da facção. O primeiro seria Rodrigo Felício, o Tiquinho, e o segundo era o integrantes da cúpula do PCC, Fabiano Alves de Sousa, o Paca.
O Primeiro Comando da Capital (PCC) decretou a morte do governador Geraldo Alckmin. Interceptações telefônicas mostram que pelo menos desde 2011 a facção planeja matar o governador de São Paulo. O Estado teve acesso ao áudio de uma interceptação telefônica na qual um dos líderes do PCC, o preso Luis Henrique Fernandes, o LH, conversa com dois outros integrantes da facção. O primeiro seria Rodrigo Felício, o Tiquinho, e o segundo era o integrantes da cúpula do PCC, Fabiano Alves de Sousa, o Paca.
A conversa
ocorreu no dia 11 de agosto de 2011, às 22h37. Paca questiona os
comparsas sobre o que deveriam fazer. Em seguida, manda seus comparsas
arrumarem “uns irmãos que não são pedidos (que não são procurados pela
polícia) e treinar”. O treinamento para a ação seria para fazer um
resgate de presos ou para atacar autoridades.
No meio da
conversa, surge a revelação. LH diz que o tráfico de drogas mantido
pela facção está passando por dificuldades. E diz: “Depois que esse
governador (Alckmin) entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de
tudo o que aconteceu, cara, na época que ‘nois’ decretou ele
(governador), então, hoje em dia, Secretário de Segurança Pública,
Secretário de Administração, Comandante dos vermes (PM), estão todos
contra ‘nois’.” Em escutas recentes, a ordem de matar o governador foi
novamente mencionada por membros do PCC.
Voltei
Agora vamos ver o dia em que o PCC mandou votar no PT. José Genoino, então candidato ao governo de São Paulo, recorreu à Justiça para tentar tirar do ar o texto que vai abaixo, publicados por VEJA na edição de 16 de agosto de 2006 e reproduzidos na VEJA.com. Na campanha eleitoral de 2006, o PSDB não levou ao horário eleitoral gratuito as gravações. Bem, é dispensável dizer que eu as teria levado, sim! Afinal, Lula acusava o governo de São Paulo de não cuidar direito da segurança pública. E que se lembre: 2006 foi o ano em que o PCC praticou atentados terroristas em São Paulo.
*
Desde o primeiro ataque massivo do PCC em São Paulo, espalhou-se a notícia da existência de gravações telefônicas que revelariam uma suposta ligação da máfia dos presídios com políticos do PT. VEJA teve acesso a uma série de diálogos entre membros da organização criminosa, interceptados pela polícia, contendo referências ao PT e ao PSDB. Neles, fica evidente a simpatia do PCC pelo PT, bem como a aversão da organização pelo PSDB (foi na gestão tucana, em 2003, que o estado de São Paulo implantou em alguns presídios o temido RDD – Regime Disciplinar Diferenciado, que prevê isolamento rigoroso e é odiado pelos detentos). Nenhuma das conversas às quais VEJA teve acesso, no entanto, comprova a existência de elo entre o PT e o PCC.
Agora vamos ver o dia em que o PCC mandou votar no PT. José Genoino, então candidato ao governo de São Paulo, recorreu à Justiça para tentar tirar do ar o texto que vai abaixo, publicados por VEJA na edição de 16 de agosto de 2006 e reproduzidos na VEJA.com. Na campanha eleitoral de 2006, o PSDB não levou ao horário eleitoral gratuito as gravações. Bem, é dispensável dizer que eu as teria levado, sim! Afinal, Lula acusava o governo de São Paulo de não cuidar direito da segurança pública. E que se lembre: 2006 foi o ano em que o PCC praticou atentados terroristas em São Paulo.
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Desde o primeiro ataque massivo do PCC em São Paulo, espalhou-se a notícia da existência de gravações telefônicas que revelariam uma suposta ligação da máfia dos presídios com políticos do PT. VEJA teve acesso a uma série de diálogos entre membros da organização criminosa, interceptados pela polícia, contendo referências ao PT e ao PSDB. Neles, fica evidente a simpatia do PCC pelo PT, bem como a aversão da organização pelo PSDB (foi na gestão tucana, em 2003, que o estado de São Paulo implantou em alguns presídios o temido RDD – Regime Disciplinar Diferenciado, que prevê isolamento rigoroso e é odiado pelos detentos). Nenhuma das conversas às quais VEJA teve acesso, no entanto, comprova a existência de elo entre o PT e o PCC.
“É XEQUE-MATE, SEM MASSAGEM”
Conversa entre dois integrantes não identificados do PCC interceptada às vésperas de um dos ataques em São Paulo
A: A chapa esquentou pra nóis, hein, irmão.
B: Por quê?
A: Olha o
salve do dia aqui. Geral aqui, que eu acabei de pegar com o Cara Branca:
“Todos aqueles que são civil, funcionário e diretores e do partido
PSDB: xeque-mate, sem massagem. E todos os irmãos que se
(incompreensível) será cobrado com a vida. Salve geral, dia 12/6?.
Peguei ele meio-dia.
B: Fé em Deus. Você tá aí na quebrada, irmão?
A: Tô aqui
na quebrada. Vem pra cá que nós vamos puxar esse bando. Eu vou arrumar
um menino bom pra nóis derrubar esse baguio aí, tio.
B: Então, é o seguinte, irmão: vou ver se dá pra mim ir hoje praí.
A: Então,
se não der, arruma umas ferramentas (armas) aí. Nem que seja uns oitão.
Pra gente juntar o baguio aí e sair no bonde aí.
B: Tá. Firmeza
“É PRA ELEGER O GENOINO”
Maria de
Carvalho Felício, a “Petronília”, então mulher de José Márcio Felício,
ex-líder do PCC, transmite ao preso José Sérgio dos Santos, a quem chama
de “Shel”, orientação repassada por um líder da organização sobre as
eleições de 2002
Maria de
Carvalho Felício: Ele mandou uma missão pro Zildo (piloto-geral de
Ribeirão Preto). Vamos ver se o Zildo é capaz de cumprir.
José Sérgio dos Santos: Tá bom. Você quer passar pra mim ou dou particularmente pra ele?
Maria:
Não, não. Ele quer festa (ataques) até a eleição. E é pra eleger o
Genoíno. E, ser for o caso, ele vai pedir pro pessoal mandar as famílias
não irem nas visitas pra votar, entendeu? Ele falou que um dia sem
visita não mata ninguém. Ele falou: “Fica todo mundo sem visita no dia
da eleição pra todo mundo votar pro Genoíno”.
Santos: Não, mas isso… Acho que todo mundo… A maioria das mulher de preso… Vai votar no Al? Nunca.
Maria:
Então, é pra pedir isso. Se, por exemplo, a mulher vai, daí a mãe, a
irmã tudo vota pro Genoíno. Se só a mulher que vota, então essa mulher
não vai na visita e vota no Genoíno. É pra todo mundo ficar nessa
sintonia: Genoíno.
Santos: E é dali que vem, né?
Maria: Isso. É o (incompreensível)
Santos: Tá bom.
Maria: Tá bom, então?
Santos: Tô deixando assim um boa-tarde aí. Se cuida agora. Vai descansar.
ArrematoPor que o PCC quer matar Alckmin e manda votar em petistas? Os bandidos devem ter seus motivos. Abaixo, segue o link em que vocês podem ouvir as gravações. Peço moderação nos comentários.
Para ouvir a gravação, clique aqui.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
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