22/10/2013 13:09 - Atualizado em 22/10/2013 13:09
RECIFE e TERESINA - Provável candidato à Presidência da República, o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), esperou o fim do leilão
do campo de Libra para criticá-lo. Questionado na manhã de segunda-feira
(21) sobre sua opinião a respeito do leilão de exploração do pré-sal,
Campos se esquivou de comentar.
Nesta terça-feira (22), disse em nota e em uma publicação em seu perfil
no Facebook que o modelo "precisa ser aperfeiçoado" para que haja
participação de mais grupos. "Acho que todos brasileiros e brasileiras
viram com muita decepção, ontem, uma área gigante do pré-sal, o campo de
Libra, ser leiloada pelo preço mínimo e sob um processo pouco debatido
com a sociedade", afirmou o presidenciável na rede social.
O governador pernambucano colocou em dúvida a destinação dos recursos do pré-sal, que deveriam ir para saúde e educação:
"A gente percebe que o dinheiro vai terminar compondo a questão fiscal
dura que o país atravessa, apenas amenizando a falta de caixa do
governo. E isso nos preocupa".
O pessebista afirmou concordar com a importância dos recursos do
pré-sal para a saúde e a educação, mas que essas áreas não podem esperar
por esse reforço "no longo prazo". "O governo diz que no longo prazo
esse dinheiro vai ajudar muito na saúde e na educação. Mas a saúde e a
educação precisam de medidas imediatas", disse. "Não podemos sacrificar
os jovens de hoje, à espera de que o dinheiro do petróleo vá resolver a
vida dos jovens do futuro", afirmou Campos.
Somente um consórcio participou ontem do processo e o campo de Libra
foi arrematado pelo preço mínimo: bônus de R$ 15 bilhões e devolução do
equivalente a 41,65% do petróleo a ser produzido no local.
"Sem disputa, as empresas vão sempre oferecer o preço mínimo, o que não é bom para o Brasil. O petróleo do pré-sal não pode ser vendido a preços aviltados pela falta de concorrência", afirmou Campos em nota hoje.
Em rede social, Campos também cobrou a apresentação dos planos de
exploração e de negócios da reserva de Libra "para que a gente possa
saber quando é que vai ser feita essa exploração e em que condições será
feita a questão ambiental".
"A gente precisa ter segurança que a tecnologia a ser utilizada
garantirá que o Brasil, além dos prejuízos claros que teve no processo
de venda, também não seja vítima de um desastre ambiental de proporções
imprevisíveis", afirmou, em postagem.
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