Veja imagens em: http://hypescience.com/10-chocantes-praticas-do-passado/
Por Luciana Galastri em
28.11.2010
as 12:21
É impressionante o modo como a humanidade
mudou o seu pensamento nos últimos 50 anos. Antes de várias descobertas
científicas e, principalmente, no campo da medicina, fazíamos coisas
absurdas! Mas se você acredita que ainda vivemos como nossos avós, é bom
dar uma olhada nessa lista. Se você não acredita, pode ler e escolher
qual é a prática que acha a mais bizarra. Deixe sua opinião nos
comentários:
10. Venda de esposas
É claro que isso ainda acontece em alguns países, mas antigamente era
um evento “um pouco” mais humilhante. Durante a época medieval, quando
um homem e uma mulher se casavam, eles se tornavam uma “entidade”
literalmente. Tudo o que a mulher possuía, incluindo ela mesma, passava a
ser do seu marido. E, se ele quisesse, poderia vendê-la em um leilão
público, que era anunciado por todos os cantos da cidade. Em alguns
casos (e você pode até imaginar quais) a própria mulher arranjava sua
“venda” e levava o dinheiro ao ex-marido.
9. Enema de tabaco
Era realmente um procedimento médico colocar um tubo “lá” e soprar
fumaça de cigarro para dentro do sujeito doente. E isso aconteceu até o
século XIX. O tratamento era usado para aliviar dores de cabeça, de
estômago, cólicas e, ironicamente, problemas respiratórios.
8. Exames de gravidez bizarros
Como saber se você realmente está grávida sem ter que esperar pelo
próximo mês? As moças da antiguidade tinham vários métodos. No Egito e
na Grécia antigos elas faziam xixi sobre um saco de trigo. Se ele
germinasse, é porque ela estava grávida. Hipócrates, um dos pais da
medicina, sugeria que a mulher tomasse água com mel antes de dormir. Se
tivesse cólicas, o teste deu positivo. Mas um dos testes mais bizarros
era o dos coelhos, desenvolvido em 1927. A urina da moça supostamente
grávida era inserida no útero das coelhas. Se os ovários delas
respondessem, é porque um certo hormônio estava presente e a moça estava
grávida.
7. Xarope calmante Mrs. Winslows
Entre os séculos XIX e XX, várias substâncias foram testadas e,
algumas, mostraram ter um impacto no cérebro. Um bom exemplo é o xarope
calmante Mrs. Winslows, que era usado para acalmar crianças pequenas.
Ele diminuía o batimento cardíaco dos pequenos e isso fazia com que eles
dormissem rápido. Só que alguns bebês começaram a morrer após a
ingestão da mistureba. E, apesar de denúncias, o xarope continuou a ser
vendido até 1930.
6. Lobotomia
Você já deve ter ouvido falar de lobotomias, mas você sabe realmente
do que se trata? Ela é uma terapia extremamente invasiva e radical,
muito praticada na primeira metade do século XX, para tratar as pessoas
que tinham problemas mentais. A lobotomia simplesmente cortava as
conexões do córtex pré-frontal do cérebro com outras partes do órgão. Os
médicos furavam os crânios dos pacientes e destruíam os tecidos que
cercavam os lobos frontais. Obviamente, os pacientes que sofriam de
esquizofrenia, depressão e outros problemas mentais, aparentavam mudança
significativa no comportamento. Só que isso porque o paciente, além de
sua doença, passava a sofrer com lesões cerebrais que o incapacitavam.
Apesar de seus efeitos colaterais, estima-se que centenas de milhares de
lobotomias tenham sido feitas. Hoje, ela é uma prática ilegal.
5. Bibliopegia antropodérmica
A Bibliopegia antropodérmica é uma prática deveras perturbadora.
Basicamente, consiste em encapar um livro usando não couro ou outro
material, mas pele humana. No século XIX, onde ocorriam muitas
dissecações de cadáveres, essa se tornou uma prática comum e várias
universidades ainda possuem alguns exemplares de livros encapados com
pele. No fim dos anos 1800, vários criminosos apareceram nos EUA – um
deles era conhecido como Big Nose George (ou George Narigudo). Ele foi
capturado e, posteriormente, morto. Seu corpo foi doado para pesquisa
científica e acabou nas mãos de Thomas Maghee e John Eugene Osborne,
médicos. Eles dissecaram o corpo, ofereceram o topo de seu crânio para
uma menina de 15 anos chamada Lilian Heath (que, mais tarde, se tornaria
a primeira mulher a exercer a medicina no estado americano de Wyoming)
que o usou como cinzeiro, peso de papel e de porta. A pele do criminoso
foi removida e usada para fazer sapatos para John Eugene e uma mala. Ele
usou o sapato quando foi eleito governador do estado. Hoje, os sapatos
estão em exposição, juntamente com o topo do crânio de Big Nose George.
4. Drapetomania
Drapetomania foi um “distúrbio” descoberto por um médico americano em
1851 que causava aos escravos negros uma “misteriosa” vontade de fugir
das fazendas onde trabalhavam. Segundo o médico Samuel A. Cartwright
isso era culpa dos proprietários dos escravos, que, frequentemente, os
tratavam como iguais e não como seres inferiores. Para curar essa
“doença”, o médico sugeria que os proprietários punissem os escravos até
que eles fossem completamente submissos.
3. Direito divino dos reis
Basicamente, é a premissa de que os reis podem governar porque têm
direito divino – ou seja, suas ações seriam justificadas porque Deus
estava por trás delas. A teoria foi especialmente usada em governos
europeus. Exemplos são James VI da Escócia(1567–1625), James I da
Inglaterra (1603–1625) e Louis XIV da França (1643–1715). Só que isso
causava um problema para os educadores dos príncipes. Como você não
poderia punir o representante de Deus na Terra, se um príncipe jovem
fazia alguma besteira, os seus colegas eram punidos na frente dele.
Como, normalmente, os filhos do rei eram educados isoladamente, amizades
não eram formadas. Para isso, usava-se alguns meninos de classes mais
baixas, que, supostamente, formariam amizades com o futuro rei e, quando
ele não obedecesse, havia esse menino especialmente contratado para ser
chicoteado na frente dele. Então se considerava que punir um amigo do
príncipe era uma maneira de atingi-lo sem machucá-lo. O problema é que
nem todos os reis e príncipes eram tão benevolentes com pessoas de
classes sociais inferiores.
2. Mimizuka
No período da história japonesa conhecido como Sengoku, havia muitas
disputas militares. Uma das práticas após os conflitos era que o lado
vencedor poderia levar “troféus” da batalha – normalmente as cabeças
decepadas dos inimigos. Normalmente, a recompensa que os lordes davam
aos seus guerreiros era baseada na quantidade de cabeças inimigas que
eles traziam de volta. Quando o Japão invadiu a Coréia, era mais prático
trazer de volta não as cabeças inteiras, mas uma orelha ou um nariz,
que eram trazidos ao Japão em barris. Estima-se que cerca de um milhão
de pessoas foram mortas. Templos que continham essas partes foram
erguidos e o maior deles se chama Mimizuka – estima-se que ele guarde os
restos de 38 mil coreanos.
1. Histeria feminina
A histeria feminina já foi um diagnóstico comum que, hoje, está
completamente desacreditado. Em 1859, um médico chegou a dizer que um
quarto de todas as mulheres sofria com histeria feminina. Outro médico
catalogou 75 páginas de sintomas que caracterizavam a histeria feminina.
De acordo com o documento, quase todos os males que o corpo humano
sofre, independente do motivo, poderiam ser caracterizados como sintomas
da doença. Acreditava-se que a “vida moderna” do século XIX fazia com
que as moças fossem mais suscetíveis a desenvolver histeria. E isso não é
o mais chocante. Como a histeria era associada com insatisfação sexual,
o médico fazia “massagens pélvicas” na moça até que elas passassem por
“paroxismo histérico” – em outras palavras, o médico masturbava a
paciente até que ela tivesse um orgasmo. E, estranhamente, eles diziam
que apesar das pacientes não terem risco de morte, elas precisavam de
tratamento constante – não vamos esquecer que eles eram pagos pelas
massagens pélvicas. Em 1873, o primeiro vibrador foi inventado para
propósitos médicos – eles eram apenas disponíveis para os médicos que os
usavam e não para as moças insatisfeitas diretamente. Posteriormente, o
aparelho se popularizou e as moças puderam comprar seus companheiros
sem a “interferência médica”. [Listverse]
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