Preservada das reformas que atingiram os setores público e
privado, a previdência dos militares mantém gastos em alta e superiores
a, por exemplo, os do Bolsa Família.
Segundo o boletim de pessoal do Ministério do Planejamento, as
despesas com aposentadorias e pensões militares somaram R$ 24,5 bilhões
no período de 12 meses encerrado em agosto.
Principal programa de combate à miséria da administração petista, o
Bolsa Família tem um orçamento de R$ 24 bilhões neste ano, destinado a
13,7 milhões de beneficiários.
Os aposentados e pensionistas da previdência militar não chegam a 300 mil.
Como os servidores públicos civis, os militares ativos e inativos
contribuem com valores muito abaixo do necessário para custear as
despesas previdenciárias: a receita fica em torno dos R$ 2 bilhões ao
ano.
A diferença é que, desde fevereiro, os novos servidores civis foram
submetidos a um novo regime de previdência, com um teto de aposentadoria
equivalente ao do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), de R$
4.159 mensais.
Para receber acima desse valor, é preciso contribuir para um fundo de
pensão, que, apesar das vantagens oferecidas, tem despertado
resistências nas corporações, como a Folha noticiou hoje.
A permanência de privilégios para os militares tem sido justificada
pelas condições especiais da carreira, que incluem possíveis riscos de
vida, disponibilidade permanente e a sujeição constante a mudanças de
residência.
Mas, no próprio Ministério da Defesa há queixas contra o volume de
despesas com aposentadorias e pensões, que restringe as verbas
disponíveis para investimentos.
A previdência militar consome cerca de 35% dos recursos da pasta e supera os gastos com os militares da ativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário