sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Após três quedas seguidas, dólar fecha na maior alta desde 2011

31/10/2014 17h02 - Atualizado em 31/10/2014 17h57

Após três quedas seguidas, moeda mudou de direção com resultado fiscal.
Mercado espera decisão sobre rumo da nova política econômica.

Do G1, em São Paulo

Após iniciar a sexta-feira (31) em queda, o dólar mudou de direção e fechou em forte alta. A moeda norte-americana subiu 2,94%, a R$ 2,4787 na venda. Veja cotação.

Foi a maior elevação diária desde novembro de 2011, quando, no dia 23, a moeda avançou 2,95%.

A alta desta sexta foi a primeira após três fechamentos seguidos em queda, com investidores aguardando detalhes sobre a política econômica no segundo governo de Dilma Rousseff, de acordo com a agência Reuters.

A valorização na semana foi de 0,88% e no mês, de 1,25%. No ano, há alta acumulada de 5,14%.
Variação do dólar
Moeda teve alta semanal de 0,88%
SemanaValor de fechamento2,4572,52292,4742,46842,40792,4787valor de fechamentosextasegundaterçaquartaquintasexta2,42,4252,452,4752,52,5252,55
Gráfico elaborado em 31/10/2014
Nesta manhã, foi divulgado que o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) teve déficit primário de R$ 20,399 bilhões em setembro, pior resultado da série histórica do Tesouro.
O setor público, que inclui também Estados, municípios e estatais, também registrou saldo negativo recorde, levando o governo a admitir que vai reduzir a meta para este ano.
"Assim como houve um exagero no pessimismo com a reeleição da Dilma, houve um exagero no otimismo ontem", disse à Reuters o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.
Além da perspectiva de maiores entradas de capital no Brasil em função dos juros maiores, investidores entenderam a decisão de elevar a Selic em 0,25 ponto percentual como um sinal de que Dilma pode adotar uma postura mais favorável aos mercados.

A Bovespa também fechou em forte alta nesta sexta. O principal indicador da bolsa paulista disparou 4,38%, cotado a 54.628 pontos. Na semana, a bolsa subiu 5,18% e no mês, 0,95%. No ano, há valorização acumulada de 6,06%.

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