09/10/2014 17:57 - Atualizado em 09/10/2014 17:57
WhatsApp
Faixa com pedido de desculpa ao militar foi colocada pelo trio acusado pelo furto
Três suspeitos de terem arrombado a casa de um policial militar
colocaram uma faixa com um pedido de desculpa e devolveram os bens
furtados. O furto ocorreu nesse domingo (5), no bairro Santa Inês, na
região Leste de Belo Horizonte, e já nessa segunda-feira (6) os bandidos
resolveram fazer a retratação.
O sargento Romualdo Rodrigo da Silva contou que estava a trabalho
quando os criminosos invadiriam a sua residência. Um vizinho testemunhou
a ação e ligou para o sargento. Imediatamente o policial se dirigiu à
casa, mas, quando chegou, os homens já haviam fugido. Ele então analisou
as imagens das câmeras de segurança do local e conseguiu identificar a
placa do veículo usado na fuga.
“O carro estava em nome de outra pessoa, mas ela informou o endereço
para quem tinha vendido o veículo. O suspeito do furto não estava em
casa, mas conversei com a mãe dele. Ela, então, me colocou para falar
com filho no telefone, mas o suspeito negou ter envolvimento no furto.
Mesmo assim deixei claro que iria registrar um boletim de ocorrência
para o caso ser investigado”, contou Silva. De acordo com o sargento,
durante a conversa com o suspeito, o mesmo caiu em contradição por
diversas vezes e acabou assumindo que não iria se apresentar à polícia
por medo.
“No mesmo dia do furto, fui abordado pelo advogado dos três rapazes.
Ele disse que os seus clientes iriam devolver os meus bens e fazer uma
retratação em público”, disse. Nessa segunda-feira, os bens furtados,
entre eles uma televisão, pelo trio foram colocados na porta da casa da
vizinha do sargento. “No mesmo dia, à tarde, fui surpreendido com várias
mensagens no WhatsApp com fotos da faixa, colocada próximo à minha
casa, com a retratação”.
Para Silva, o fato dos bandidos terem, ao que parece, se arrependido do
que fizeram, não muda o que houve. “Quero que seja dado prosseguimento
ao inquérito e que eles paguem pelo crime. Não faço isso porque sou
policial ou por vaidade, mas, sim, porque a Justiça tem que ser
cumprida. Quero mostrar aos meus filhos que eles podem acreditar na
polícia e na Justiça”, afirmou o sargento.
O policial informou ainda que os outros dois suspeitos também foram
identificados e que todos já tinham passagens pela polícia. Nenhum
deles foi preso até o momento.
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