A presidente Dilma Rousseff
(PT), que concorre à reeleição no próximo dia 26, afirmou nesta
segunda-feira que apoiará seu antecessor e padrinho político, Luiz
Inácio Lula da Silva, caso ele decida concorrer à presidência em 2018.
Dilma
disse não saber se Lula cogita disputar as próximas eleições
presidenciais, mas admitiu que essa possibilidade foi aventada pelo
presidente do PT, Ruy Falcão. 'O presidente Lula não me disse nada
disso, mas, no que depender de mim, ajudo'.
Falcão,
coordenador geral da campanha de Dilma, disse em reunião do partido
este mês que os militantes do PT ficariam 'muito felizes' caso que Lula
aceite ser candidato à presidência em 2018.
O
ex-chefe de Estado, que participa da campanha eleitoral de Dilma este
ano, mas sem a intensidade de quatro anos atrás, insinuou mês passado
que seu nome não pode ser descartado para as próximas presidenciais.
'Eles (a oposição) tem que se preparar porque estarei vivo (em 2018)',
disse Lula em um comício em Salvador.
Na
entrevista coletiva a presidente criticou Marina Silva (PSB), terceira
colocada no primeiro turno, por comparar seu rival Aécio Neves (PSDB) a
Lula.
Ontem Marina declarou
formalmente seu apoio a Aécio Neves segundo turno, comparou o documento
em que o senador tucano se compromete a manter as conquistas sociais do
Brasil com a 'carta ao povo brasileiro', documento divulgado por Lula em
2002 antes das eleições em que se comprometia a manter a política
econômica de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
'Considero
essa comparação infeliz. É desproporcional comparar um líder político
do tamanho de Lula com meu adversário, tanto pela trajetória política e
suas convicções, como pelo que Lula fez como presidente deste país e o
que o candidato fez como governador de Minas Gerais', afirmou a
presidente.
A 'Carta ao povo
brasileiro' foi uma medida para acalmar o mercado financeiro, que vivia
uma grande turbulência diante da possibilidade de Lula ameaçar a
estabilidade econômica.
Aécio,
recentemente, se comprometeu a manter as conquistas sociais em um
documento que visava garantir o apoio formal de Marina, que teve 21,32%
dos votos no primeiro turno.
Dilma
teve, em 5 de outubro, 41,59% dos votos, e Aécio 33,55%. As primeiras
pesquisas de intenção de voto para o segundo turno mostram os dois
candidatos tecnicamente empatados, com o tucano dois pontos à frente da
presidente.
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