22/09/2015 07:18 - Atualizado em 22/09/2015 07:18
Ricardo Bastos/Hoje em Dia
REPERCUSSÃO – Delegados durante coletiva sobre apreensão dos suspeitos
Amigos de infância, com muitas afinidades, inclusive na iniciação no
crime. Esse é o perfil dos dois jovens de 17 anos apreendidos nessa
segunda (21) pela Polícia Civil, suspeitos de assassinar o delegado
Vanius Henrique de Campos. Conforme os investigadores, eles confessaram o
homicídio, ocorrido na madrugada de sábado num posto de combustíveis da
avenida Prudente de Moraes, zona Sul de Belo Horizonte.
Os menores confirmaram ao delegado Frederico Abelha, da Delegacia
Centro-Sul, que o assassinato aconteceu em decorrência de uma discussão
na loja de conveniência do local. Eles sabiam que se tratava de um
policial.
Parentes afirmaram que os dois eram muito ligados desde a infância,
vivida no aglomerado do Querosene, próximo ao bairro Luxemburgo, também
na zona Sul da cidade. “A promessa deles era sair da vida do crime ao
completar 18 anos”, afirmou a irmã de um deles, que pediu para não ser
identificada.
Os adolescentes completam a maioridade daqui a menos de três meses,
coincidentemente no mesmo dia, em 13 de dezembro. Ambos foram
apreendidos com o auxílio da Delegacia de São Joaquim de Bicas, na
região metropolitana, em uma estrada de terra na zona rural. A polícia,
de posse de informações de parentes e de outros informantes, realizou um
cerco no local, não dando chances de fuga.
DESPISTE
Um dos suspeitos, que aparecia loiro em um vídeo que flagrou o
assassinato, pintou os cabelos na cor natural, numa tentativa de
despistar a polícia.
A arma usada no crime, que pertencia à vítima, foi localizada em uma “local ermo”, segundo a polícia, no morro do Querosene.
JUSTIFICATIVA
“Eles tiveram uma infância difícil. O pai de um deles já tinha morrido e, do outro, era ausente”, contou um parente.
Os suspeitos foram encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento ao
Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH) e podem ficar até três
anos detidos em cumprimento de medida socioeducativa. A polícia
investiga quem teria auxiliado na fuga.
O corpo de Vanius Henrique de Campos foi sepultado no domingo. Ele
trabalhava na polícia há oito anos e estava lotado na Delegacia Adida ao
Juizado Especial Criminal (Deajec).
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