quarta-feira, 23 de setembro de 2015

MTST invade ministério, e PM usa gás lacrimogêneo para retirá-lo de prédio

23/09/2015 10h35 - Atualizado em 23/09/2015 11h31

Policiais fizeram cordão de isolamento no prédio para evitar nova invasão.
Grupo pede moradia; pelo menos 2 mil pessoas participaram do protesto.

Do G1 DF
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto durante protesto no Ministério da Fazenda (Foto: Jéssica Simabuku/G1)Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto durante protesto no Ministério da Fazenda (Foto: Jéssica Simabuku/G1)
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) invadiram o térreo do Ministério da Fazenda na manhã desta quarta-feira (23) para cobrar moradia. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, foi necessário usar gás lacrimogêneo para conter os manifestantes e retirá-los do prédio.
Homens do Bope e da cavalaria foram acionados e montaram um cordão de isolamento na frente do prédio. De acordo com a PM, por volta das 10h30 havia 2 mil militantes no local. O G1 não conseguiu contato com o ministério até a publicação desta reportagem.
Líder do movimento em São Paulo, Jussara Basso disse que o grupo está entre os mais afetados pela crise econômica vivida pelo país. "Estamos aqui para garantir que os recursos básicos de educação e moradia para nós sejam mantidos", afirma.
Também integrante do movimento, Paulo Roberto da Silva disse estar preocupado em relação aos filhos. "Viemos pedir por mais verba para o Minha Casa Minha Vida 3, e [queremos] que o governo se preocupe com os hospitais e educação para nós."
Coordenadora nacional do MTST, Maria das Dores Cerqueira disse que o grupo teme os efeitos do ajustes fiscais. "Nós não pretendemos pagar pelos erros do governo. E fizeram cortes que atingiram diretamente a classe trabalhadora, fizeram cortes sociais, e somos os que mais precisamos.”
A manifestação ocorreu paralelamente à de São Paulo, onde um grupo ocupou por volta das 10h o prédio do ministério. O objetivo do ato era protestar contra o ajuste fiscal promovido pelo governo federal, principalmente os cortes de gastos com o programa social Minha Casa, Minha Vida. Segundo o movimento, cerca de 8 mil pessoas participaram do ato.

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