Ele estava internado no Hospital Santa Helena, em Brasília, para o tratamento de um câncer. Militar comandou o DOI-Codi entre 1970 e 1974, período em que 40 presos morreram no local
Ustra nega mortes no DOI-Codi e diz que Dilma foi terrorista
Em depoimento à Comissão da Verdade em 2013, Ustra afirmou que "lutou pela democracia" e negou ter cometido crimes durante o regime militar. "Nunca fui assassino", disse. Durante sua fala, Ustra ainda acusou a presidente Dilma Rousseff de ter integrado um grupo terrorista que queria transformar o Brasil em um país comunista. "Todas as organizações terroristas - que eram mais de quarenta - tinham, claramente, o objetivo final de implementar a ditadura do proletariado. Inclusive as quatro organizações das quais a nossa presidente da República participou".
O coronel foi o primeiro torturador condenado civilmente pela Justiça brasileira, em 2008. Quatro anos depois, o Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a decisão que reconheceu Ustra como responsável pelas torturas contra a família Teles. Em 1972 Maria Amélia Teles, o marido, Cesar Teles e a irmã Crimeia foram presos e torturados no Doi-Codi. Os filhos do casal também ficaram em poder dos militares.
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