Márcio Doti
Márcio Doti
mdoti@hojeemdia.com.br
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POLÍCIA SUSPEITA DE CAROLINA
Conforme matéria publicada pelo jornal “Folha de São Paulo”, a Polícia Federal externou suas suspeitas em relatórios da Operação Acrônimo. A PF encontrou na residência de Carolina Oliveira Pimentel uma planilha indicando recebimento de R$ 362 mil do Grupo Casino. A empresa dela, Oli Comunicação, tem apenas um funcionário registrado e recebeu de fato R$ 2,98 milhões da empresa de Rosa relativos ao Grupo Casino.
Carolina recebeu pagamentos mensais que oscilaram de R$ 65 mil a R$ 183 mil entre 2012 e 2014. Para a PF, os pagamentos têm relação com a gestão de Pimentel à frente do Ministério de Desenvolvimento, pasta que chefiou de 2011 a 2014 e à qual está vinculado o BNDES. Segundo consta em relatório da Polícia Federal, acredita-se que Mário Rosa tenha contratado Carolina para facilitar o lobby que teria feito junto ao ministério e o BNDES para obter financiamento, e que parte desse pagamento indevido seria repassado para Carolina.
Ainda segundo o jornal “Folha de São Paulo”, a defesa do Grupo Casino nega essa versão e afirma que os pagamentos estão relacionados a uma verdadeira guerra entre o Casino e o seu então parceiro no Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, e que não houve benefício do BNDES ao Casino. É indispensável registrar que os jornalistas Mário Rosa, Carolina Oliveira e o Grupo Casino negam quaisquer irrregularidades nos pagamentos realizados pelo grupo à empresa de Rosa, a MR Consultoria, e afirmam que foram prestados os serviços de comunicação e gerenciamento de crise previstos no contrato e seus aditivos.
A PONTA DE UM NOVELO
Segundo especialistas, é pouco o que se tem levantado em relação ao que pode existir de irregularidade nas transações do BNDES no longo período de permanência do governador Pimentel à frente daquela pasta. A julgar pelo que até agora foi apurado e levantado, com base nas buscas realizadas na residência de Carolina Oliveira, no escritório de Otílio Prado, hoje assessor especial do governo de Minas, mas de longa data amigo e até sócio de Pimentel, tendo sido também seu funcionário e assessor na Prefeitura de Belo Horizonte. De igual modo, a polícia ainda trabalha em cima do material recolhido no apartamento do atual presidente da Cemig e sucessor de Pimentel no Ministério do Desenvolvimento, Mauro Borges.
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