Com esse número, pode começar a desmontar a loucura cleptocrata que tomou conta do país. Ah, sim: LULA PERDEU MAIS UMA ELEIÇÃO!
Não
foi uma simples vitória. Foi um massacre. A oposição venezuelana esmagou
o chavismo nas eleições deste domingo. A MUD (Mesa da Unidade
Democrática) venceu o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) por
espantosos 68% a 32%. As perspectivas mais otimistas falavam numa
diferença de 20 pontos. Foi de quase 40. Os opositores de Nicolás Maduro
lograram êxito em nada menos de 19 Estados. O oficialismo só venceu em
seis (Sucre, Delta, Amacuro, Guárico, Apure e Cojedes).
No resultado
parcialmente divulgado na noite deste domingo, a oposição havia já
conquistado 99 cadeiras da Assembleia Nacional, contra 46 do governismo.
A expectativa é que a MUD fique com 113 cadeiras, contra apenas 54 do
PSUV. Compareceram às urnas 75% dos eleitores inscritos, numa
participação surpreendente.
Caso se
confirmem esses números, o desmonte do modelo chavista pode ser mais
rápido do que se imaginava, já que a oposição ficaria com mais de dois
terços dos votos da Assembleia. Isso já lhe garante, por exemplo, o
poder para destituir o vice-presidente executivo do país, conforme
determina o Artigo 240 da Constituição.
De acordo
com o Artigo 343, dois terços da Assembleia também têm poder para
aprovar reforma constitucional, que tem de ser submetida a referendo.
Mas há um pouco mais do que isso: dois terços também podem convocar uma
Assembleia Nacional Constituinte, segundo estabelece o Artigo 348.
E que se
note: a atual Constituição estabelece, no Artigo 72, que qualquer
mandato pode ser revogado, inclusive o do presidente, desde que
transcorrido pelo menos metade do mandato. Para tanto, basta que 20% dos
eleitores da circunscrição dada solicitem o referendo — no caso do
mandato presidencial, 20% dos eleitores do país. Se ao menos 25% dos
eleitores inscritos comparecerem ao referendo e se, no mínimo, igual
número que elegeu votar a favor da revogação, o mandato chega ao fim.
Eleito em
2013, o mandato de Nicolás Maduro vai até 2019. Isso significa que, caso
20% dos eleitores solicitem a revogação do seu mandato, ela já pode
votada a partir de abril do ano que vem.
Redutos
O governismo foi esmagado em Estados que o chavismo considerava redutos, como Mérida, Aragua, Bolívar, Táchira, Anzoátegui, Carabobo e Distrito Capital, Caracas.
O governismo foi esmagado em Estados que o chavismo considerava redutos, como Mérida, Aragua, Bolívar, Táchira, Anzoátegui, Carabobo e Distrito Capital, Caracas.
Para quem
gosta de simbolismos, há um forte: a oposição venceu a eleição em todos
os distritos do Estado de Barinas, onde nasceu Hugo Chávez. Caracas
elege nove deputados. Pois bem: todos eles pertencem à oposição.
Observadores
relatam que as televisões estatais fizeram forte campanha em favor do
governo — a oposição, claro!, estava impedida de ter acesso à
radiodifusão. Ainda assim, a derrota do chavismo é humilhante.
Diosdado
Cabello, presidente da Assembleia Nacional, reagiu de modo ambíguo à
derrota acachapante. Disse: “Admitimos absolutamente os resultados
destas eleições. A nosso povo revolucionário, agradecimento eterno. O
caminho é a pátria”. Mais tarde, comentou: “Ninguém disse que iria ser
fácil. Que essa derrota nos sirva de força para seguir o caminho da
revolução bolivariana e chavista”. Ulalá!
Maduro, o
ditador, tentou não acusar o golpe, posando de estadista: “Vimos com
nossa moral, com nossa ética, reconhecer esses resultados adversos e
aceitá-los. E dizemos à Venezuela que triunfaram a Constituição e a
democracia”.
Mas Maduro é
quem é. Mesmo dizendo que reconhece o resultado, afirmou que o povo
deve continuar unido para impedir esse “plano contrarrevolucionário de
desmantelar o estado social-democrático de justiça e de direito”. E
ameaçou: “Defenderemos o nosso povo de qualquer maneira”.
O que isso
quer dizer? Os próximos dias dirão. O ditador asqueroso fingia não ver
que mais de dois terços do país votaram contra o seu governo.
Ah, sim:
Lula perdeu mais uma! Foi derrotado na Argentina. Agora, perdeu na
Venezuela. E a onda já chegou com força ao Brasil, não é mesmo?
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