15/02/2016 07:46 - Atualizado em 15/02/2016 07:46
FOTO: TRE-MG/Divulgação
Sessão do TRE: o número de prefeitos processados desde 2012, em Minas, corresponde a 12% do total
Desse total, apenas 19 foram cassados em definitivo, sendo que em 11 cidades houve novas eleições, e em oito o segundo colocado no pleito assumiu as vagas deixadas. Após idas e vindas na tramitação, 68 cassações foram revertidas e outros 12 ainda estão pendentes de julgamento.
A perda de cargo mais recente ocorreu no último dia 2 de fevereiro. Por unanimidade, a corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas manteve a cassação do prefeito de Pedra Azul, cidade do Vale do Jequitinhonha localizada a 720 km de Belo Horizonte. Enquadrados por abuso de poder econômico e captação ilícita de voto, Daniel Pires de Oliveira Costa (PR) e o vice dele, Ailton de Sousa Leite (PMDB), foram cassados por terem distribuído vales combustível em um evento político.
Havia ainda a acusação do MPE de doação de um enxoval de bebê, mas isso não foi comprovado pelos juízes do tribunal eleitoral. Para o relator do processo, há prova robusta de compra de votos no caso da distribuição de combustível. Os segundos colocados na eleição de 2012 assumiram o comando de Pedra Azul.
Na histórica Diamantina, também no Vale do Jequitinhonha, foi necessário a realização de uma eleição extemporânea. Isso porque o candidato a vice da chapa vencedora, Gustavo Botelho Júnior (PP), teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Botelho teve as contas rejeitadas pela Câmara dos Vereadores da cidade quando governou a cidade. Com o impedimento dele, a chapa, composta também pelo candidato a prefeito, Dr. Paulo Célio (PSDB), ficou impossibilitada de assumir o Executivo Municipal.
Montezuma
No município de Montezuma, no Norte de Minas, o prefeito Erival José Martins (PSDB) perdeu o cargo acusado de ter distribuído diversas benesses para o eleitorado local, como cestas básicas, galões de água mineral, material de construção, transporte irregular, além de entrega de brindes.
Já em Lavras, no Sul de Minas, o prefeito eleito, Marcos Cherem (PSD), e o vice dele, Aristides Silva Filho (PSD), tiveram a cassação do TRE mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois foram punidos por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. De acordo com o MPE, a campanha deles foi beneficiada por propaganda da Construtora Cherem, de propriedade da família, em cadeias de rádio, televisão e impressos ao longo de 2012.
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