Conforme o Ministério Público, os estelionatos ocorreram de várias formas e constituíram os crimes que antecederam a lavagem de dinheiro praticada por Lula – expressa na suposta ocultação do tríplex no edifício Solaris, em Guarujá
Por Reynaldo Turollo Jr., na Folha:
Em denúncia oferecida à Justiça, o Ministério Público de São Paulo acusa a Bancoop (cooperativa habitacional dos bancários) e a OAS de lesar 7.138 famílias que queriam adquirir um imóvel para, de outro lado, “presentear e paparicar” o ex-presidente Lula “com um tríplex na beira da praia, caracterizando autêntica lavagem de dinheiro”.
Em denúncia oferecida à Justiça, o Ministério Público de São Paulo acusa a Bancoop (cooperativa habitacional dos bancários) e a OAS de lesar 7.138 famílias que queriam adquirir um imóvel para, de outro lado, “presentear e paparicar” o ex-presidente Lula “com um tríplex na beira da praia, caracterizando autêntica lavagem de dinheiro”.
Segundo a
Promotoria, com a transferência ilegal dos empreendimentos da Bancoop
para a OAS, em 2009, as fraudes envolveram 3.110 unidades em construções
inacabadas e outras 3.182 em edificações concluídas, mas que foram
submetidas a “inúmeros estelionatos”, seja pela Bancoop ou pela OAS.
Houve ainda
casos em 846 unidades em empreendimentos encerrados –”enfim, um total de
7.138 famílias desamparadas”, conclui a denúncia.
“Levando-se
em conta os empreendimentos que estão arrolados na investigação [cinco
na capital e um em Guarujá], chegamos ao quantum de R$ 168 milhões em
prejuízo médio para as vítimas, que deverão arcar com esses valores para
que os edifícios prometidos sejam levantados”, afirma a denúncia,
assinada pelos promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando
Henrique Araújo.
Conforme o
Ministério Público, os estelionatos ocorreram de várias formas e
constituíram os crimes que antecederam a lavagem de dinheiro praticada
por Lula –expressa na suposta ocultação do tríplex no edifício Solaris,
em Guarujá (litoral paulista).
A denúncia
detalha os casos de oito vítimas do suposto esquema. Uma delas, por
exemplo, uma professora de 52 anos, comprou uma unidade na capital
paulista por R$ 58.614, em 2001, e contou ao Ministério Público que
precisou pagar à Bancoop, se quisesse levar adiante o negócio, um
“aporte” extra de R$ 20 mil, entre 2007 e 2009 –época da transferência
do empreendimento para a OAS.
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