Ouro Preto
O ex-presidente uruguaio, Jose Mujica, afirmou não conhecer em detalhes a situação brasileira e falou da defesa da democracia na América Latina
PUBLICADO EM 21/04/16 - 12h17
A situação política do Brasil dominou os discursos na entrega da
medalha da Inconfidência na manhã desta quinta-feira (21), em Ouro
Preto. O governador Fernando Pimentel (PT) usou o evento para defender a
presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente do Uruguai, Jose Mujica,
agraciado com a medalha, falou sobre a luta pela manutenção da
democracia na América Latina.Mujica afirmou que não conhece em detalhes a situação da política brasileira e preferiu falar sobre a importância de defender a democracia na América Latina. Perguntado se o processo de impeachment da presidente Dilma é um golpe travestido de legalidade, ele respondeu usando um ditado popular: "não creio em bruxas, mas, que existem, existem". O uruguaio também disse os jovens devem lutar para defender a democracia.
Já o governador Fernando Pimentel defendeu a legitimidade do mandato conquistado nas urnas pela presidente Dilma Rousseff. "O caminho mais justo é sempre o do voto direto, livre, e não o uso de subterfúgios para se chegar ao poder', afirmou. "Minas sempre repudiará esse caminho obscuro", completou.
O governador disse ainda que, seja qual for o desfecho da crise política, "o país precisa passar por um processo de pacificação". Pimentel evitou a imprensa e não deu declarações no fim do evento.
Além de Mujica, outras 147 pessoas e instituições receberam a medalha da Inconfidência. O público foi mantido afastado da praça Tiradentes por grades e barreiras policiais. Durante o evento, houve diversos protestos do público. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi o alvo preferido e a todo momento eram ouvidos gritos de "Fora Cunha". O impeachment da presidente Dilma e a tragédia de Mariana, provocada pelo rompimento da barragem da Samarco, também foram lembrados.
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