25/05/2016 - 06h00- Hoje em Dia
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Na tarde de ontem, um dos líderes desse bloco, deputado Sargento Rodrigues (PDT), colocou fogo nos debates ao sugerir que o governador se licenciasse do cargo para dar as respostas à Justiça e aos mineiros sobre as denúncias e vazamentos, seletivos ou não, da delação premiada do empresário amigo que virou fogo amigo. Outros deputados fizeram o mesmo, como Gustavo Valadares (PSDB), e foram, como Sargento Rodrigues, rebatidos pelos petistas Rogério Correia, líder do bloco governista, e Cristiano Silveira, líder do PT.
Ainda nesta terça (23), em um cochilo da base governista, a Comissão de Segurança Pública da casa aprovou requerimento à Procuradoria Geral da República, solicitando cópia da delação premiada de Bené, que aguarda homologação por parte do STJ. O requerimento vai, agora, à Mesa Diretora que deverá encaminhá-lo em nome da Assembleia. Por meio da delação, a oposição quer trazer o assunto para dentro do plenário, convencida de que há fatos novos que justificariam pedido de impeachment de Pimentel. Segundo o que vazou da delação, Pimentel, já na condição de governador, teria tido três encontros (21/12/14; 18 e 20/5/15) com Bené e os representantes da Caoa, para tratar da concessão de benefícios fiscais à montadora por meio do Ministério do Desenvolvimento Econômico do qual foi ministro (2011/2014).
O fato é que, vinte dias depois de ter chegado à Assembleia Legislativa, a reforma administrativa ainda não saiu do lugar, nem mesmo nas comissões temáticas, apesar de o governador ter a maioria absoluta dos 77 votos da casa. Estão todos em compasso de espera.
Diferenças entre avô, neto e o PT
Ao criticar a postura e atuação do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, o líder do PT na Assembleia, Cristiano Silveira, chegou a dizer que o tucano parecia mais avô do que neto do ex-presidente Tancredo Neves. Ex-vereador são-joanense, terra natal dos Neves, Silveira disse que conhecia bem a “trajetória democrática” de Tancredo em contraponto ao que chamou de “conspiração” por parte de Aécio. Fazendo o contraponto, o tucano João Leite estranhou os “elogios gratuitos” ao ex-presidente: “Como é que o PT pode agora elogiar Tancredo depois de ter ido contra sua eleição (indireta para presidente em 1985)? O PT fala em cidadania, mas não assinou a Constituição cidadã de 1988”.
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