O modelo do fuzil que Omar Mateen levou ao atentado em uma boate de Orlando no final de semana já foi usado por atiradores em outros massacres
Morto pela polícia, o atirador, que trabalhava como segurança na Flórida, tinha porte de arma e promoveu o massacre na boate Pulse portando um fuzil AR-15 e uma pistola semi-automática 9mm, ambas compradas legalmente dias antes do atentado.
Não foi a primeira vez que um fuzil AR-15 foi usado por um atirador em massacres desse tipo, reportou o jornal Miami Herald. E, embora se trate de uma arma com alto poder de fogo, não é difícil comprá-la. "Ele não tinha nenhum impedimento legal, portanto podia entrar em uma loja de armas e adquirir armas de fogo. E assim ele o fez na última semana", disse à publicação americana Trevor Velinor, agente do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos Estados Unidos.
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O 'fuzil mais popular da América' esteve presente em grandes massacres a tiros em escolas americanas e em San Bernardino, quando, em dezembro do ano passado, um casal matou 14 pessoas em um centro de assistência social. Estima-se que existam entre 8 milhões e 10 milhões de fuzis AR-15 em circulação nos Estados Unidos atualmente.
Um modelo padrão pode custar entre 600 e 1.200 dólares (de 2.000 a 4.000 reais), segundo o Miami Herald. Em geral, os modelos vendidos nos EUA são semiautomáticos, o que significa que a cada acionamento do gatilho, uma única bala é disparada - o que não impede que o atirador faça muitos disparos em um curto período de tempo. É possível modificar ilegalmente a arma para transformá-la em um fuzil de assalto, o que significa que basta deixar o gatilho pressionado para disparar continuamente, de acordo com o jornal Washington Post.
Por enquanto, ainda não se sabe os detalhes da arma de Mateen, mas as autoridades dos Estados Unidos estão investigando se alguém ajudou o atirador, fornecendo treinamento, por exemplo, ou se ele agiu sozinho. Embora o grupo extremista Estado Islâmico tenha assumido a autoria da ação, isso não significa que necessariamente tenha dirigido o ataque: nada em sua declaração indica uma coordenação entre o atirador e o EI antes do ataque.
(Da redação)
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