quinta-feira, 2 de junho de 2016

PT projeta vitória em votação do impeachment no Senado

Dilma volta?

Pelos cálculos do partido, Temer obteria apenas 50 dos 54 votos necessários; informações são do jornal 'Valor Econômico' desta quarta

Dilma - 30.5.2016
Presidente Dilma Rousseff durante Lançamento do Livro "A Resistência ao Golpe de 2016", na UNB, em Brasília

PUBLICADO EM 01/06/16 - 09h41
Em meio a graves crises enfrentadas nos primeiros dias do governo interino de Michel Temer, o PT se animou em reforçar a articulação para barrar o impeachment de Dilma Rousseff, segundo reportagem publicada hoje pelo jornal "Valor Econômico".
Senadores petistas avaliaram ao jornal que nem mesmo os mais pessimistas em relação ao retorno de Dilma Rousseff ao cargo achavam que a gestão Temer seria "tão desastrosa" em pouco tempo. Dirigentes e parlamentares do partido acreditavam que o governo interino teria uma "lua de mel" por cerca de três meses – mas dois ministros já caíram e outros estão sendo alvo de protestos.
O jornal diz que os parlamentares calculam que Temer teria hoje cerca de 50 votos para tirar Dilma definitivamente do cargo – quatro a menos do que o necessário. Quando o processo foi admitido, o placar foi de 55 votos a favor da admissibilidade a 22 contra.
Para os petistas, o cenário pode se tornar mais favorável a Dilma se o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), for afastado por decisão da Procuradoria Geral da República (PGR) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
O PT mira agora senadores que votaram pela admissibilidade do impeachment, mas que sinalizaram que poderiam votar contra o afastamento definitivo. Pelo menos dez se enquadram nesse cenário: Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Cristovam Buarque (PPS-DF), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Benedito de Lira (PP-AL), Wellington Fagundes (PR-MT), Ivo Cassol (PP-RO) e Edison Lobão (PMDB-MA), Raimundo Lira (PMDB-PB), Hélio José (PMDB-DF).
Somado a esse grupo estão o senador Romário (PSB-RJ), Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA) – enquanto isso, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Pedro Chaves (PSC-MS), suplente de Delcídio do Amaral, não votaram e são contabilizados pelo PT no bloco de 15 possíveis votos pró-Dilma. Para o senador Paulo Rocha, entre 8 e 10 votos podem ser conquistados.

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