sábado, 3 de setembro de 2011

Policiais civis se rebelam contra ordem do Governo e greve segue 100% - (Mato Grosso)

Redação 24 Horas News


As ordem do governador Silval Barbosa não serão atendidas pelos policiais civis em greve. Escrivães e investidores anunciaram que não entregarão suas armas, conforme pedido pelo chefe do Executivo. Os veículos da Polícia estão parados, segundo eles, atendendo apenas aos delegados. Para eles, as medidas anunciadas pelo governador, inclusive com possibilidade de abertura de inquérito administrativo, já eram esperadas. Estratégicos, definiram que a greve segue 100% por pelo menos mais 25 dias – caso não haja uma nova proposta de reajuste salarial.
O presidente do Sindicato dos Investigadores, Clédison Gonçalves da Silva, diz que a categoria está se baseando no direito à greve e exige que o governador Silval Barbosa mantenha diálogo com a categoria. “Ameaça não é o caminho correto” – disse, ao criticar as medidas anunciadas nesta sexta-feira, 2. “Nós não vamos entregar nenhuma arma enquanto estivermos em greve”, disse o sindicalista.
Silval convocou os servidores para o retorno ao trabalho, em um prazo de 24 horas, sob pena de corte salarial em 100% de todos os grevistas. “Chegamos ao limite da possibilidade de concessão de aumento salarial” -  disse. Ele ainda determinou a convocação dos 349 alunos do Curso de Formação para Escrivães e Investigadores da Polícia Civil, além de dar autonomia para a Polícia Militar na realização de procedimentos policiais, com uso da Jornada Voluntária.
O governador anunciou ainda que o Estado irá retirar a proposta apresentada até então, ficando a proposta que o governo cumpriu em 2011, voltando a negociação em 2012, repondo somente a perda da inflação, uma vez que foi concedido 15% em 1º de maio de 2011.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) montou um esquema especial para manter o atendimento dos serviços emergenciais de lavratura de flagrante.
Os delegados plantonistas conduzirão a lavratura dos autos de prisão em flagrante e, havendo necessidade, será nomeado um escrivão ‘ad hoc’ (pessoa nomeada apenas para um determinado ato jurídico, para auxiliar como escrevente). “Essa medida já começou e vamos ampliar para todo Estado”, disse o secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado Filho.
A Polícia Militar vai auxiliar na segurança das delegacias, registro de boletins de ocorrências e condução de presos. “Não vamos permitir que a sociedade tenha um prejuízo na ordem de segurança pública, e por isso apelo à categoria para que entenda a situação do Estado e a posição do governo e retornem ao trabalho. A sociedade não pode ser penalizada se o Estado não tem condições de atender o que eles estão pedindo”, enfatizou o governador Silval Barbosa.
  Fonte: http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=383479

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