sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Governo aperta cinto e prêmio de produtividade fica sem definição

.Política  
 
Anastasia anunciou redução de despesas "meio", como limpeza e segurança, e uso de copos descartáveis e contracheque de papel


EUGENIO MORAES
anastasia Olympico Club
Anastasia visita a sede do Olympico Club, em BH, que tem projeto social apoiado pelo Governo
O Governo de Minas Gerais anunciou nesta quinta-feira (3) que está tomando medidas para conter os efeitos da crise internacional e a desaceleração da economia no Brasil em território estadual. O governador Antonio Anastasia (PSDB) disse que a administração vai se precaver para não ser atingida. Entre as medidas tomadas, segundo ele, está a redução de despesas classificadas como “meio”. Além de diminuir o número de servidores que prestam atividades de limpeza e segurança, o Governo também cortou copos descartáveis e a emissão de contracheques em papel. Apenas com papel, utilizado na emissão dos documentos salariais, a gestão tucana pretende economizar R$ 7 milhões por ano.
“Vamos continuar realizando diversas atividades na Cidade Administrativa para reduzir despesas meio, em geral, no Estado, para permitir mais recursos de investimentos, porque são eles que vão nos permitir atrair empresas, para fazer um ciclo virtuoso de crescimento econômico no Estado”, afirmou o governador.

Ainda não existe definição sobre o pagamento do prêmio de produtividade, instrumento criado pelo Estado para estimular o funcionalismo público. De acordo com Anastasia, neste momento, o Executivo está empenhado em cumprir os compromissos mais importantes, como manter em dia os vencimentos dos servidores. “Estamos fazendo todo esforço para cumprir todos os pagamentos regulares, mantendo o 5º dia útil, pagando o 13º salário. O prêmio, a lei não define data. É uma faculdade atribuída à administração. Estamos empenhados em fazê-lo, mas vamos primeiro priorizar as atribuições e determinações regulares”, afirmou. Apesar da dificuldade, o governador negou que o Estado esteja em crise.

De acordo com Anastasia, a folha de pagamento consumiu grande parte das receitas, que não acompanharam seu crescimento. “Tivemos neste ano um crescimento da folha superior ao crescimento da receita”, explicou. Dados do Portal Transparência do Estado mostram que, até outubro deste ano, a arrecadação chegou a R$ 42,6 bilhões. No mesmo período do ano passado, a cifra foi de R$ 37,2 bilhões. Anastasia informou que o aumento de funcionários concursados e os reajustes do funcionalismo consumiram parte considerável da receita. Ele negou que a criação de cargos em janeiro deste ano, por meio da Lei Delegada, teve impacto na folha. “Isso é irrisório”, argumentou.

O tucano disse que terá cautela com as finanças, tomando medidas para reduzir custos em virtude da crise econômica. No Brasil, existe perspectiva de desempenho negativo do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas produzidas no país – para o terceiro trimestre do ano. “Isso é muito grave. No primeiro momento que há uma retração na indústria, imediatamente há uma retração no comércio. Isso significa queda nas receitas. Teremos que ter muita cautela para evitar o que aconteceu em 2009, ao máximo”, afirmou.

Já a desaceleração da economia global, com a intensificação da crise na Grécia, conforme o tucano, pode afetar Minas, que é um Estado exportador. Anastasia não revelou qual a economia que pretende fazer neste ano para evitar reflexos da crise financeira nacional e mundial.
Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/governo-aperta-cinto-e-premio-de-produtividade-fica-sem-definic-o-1.364387




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