Divulgação
R$ 80 é o valor mínimo pago por homens para usufruir dos serviços do site

Ashley Madison “A vida é curta. Curta um caso”. O slogan do maior site de relacionamentos extraconjugais do mundo, o AshleyMadison.com, não deixa dúvidas: a infidelidade está cada vez mais presente nas redes sociais. E na busca por essa facilidade, o povo mineiro se destaca na pulada de cerca virtual.

Minas Gerais é o terceiro estado com o maior número de usuários cadastrados no portal internacional da traição, com 98 mil membros. O território do povo considerado conservador fica atrás só de São Paulo (372 mil) e Rio de Janeiro (109 mil).

Sob a promessa de sigilo e protegidos pelo anonimato do ambiente online, mineiros de diversas localidades têm se cadastrado no site, que exige o CEP do usuário. Após o registro, casais começam a trocar mensagens para, em seguida, marcar o encontro.

Rastreamento


Com base nos cadastros, o AshleyMadison.com rastreou as cidades com a maior concentração de infiéis. Belo Horizonte, com 31 mil membros, lidera, seguida por Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, ambas com mais de 6 mil cadastros.

A forte presença dos mineiros no portal é uma grata surpresa, diz Eduardo Borges, responsável pelo site no Brasil.
Em Minas, conforme a pesquisa feita pelo executivo da AshleyMadison.com, a mulher trai mais do que a média nacional. Os cadastros femininos representam 40%, enquanto no país o índice beira os 35%. Só o Rio de Janeiro tem mais mulheres infiéis.

Segundo Borges, quando o site de infidelidade chegou a Minas, poucas campanhas de publicidade puderam ser feitas. Porém, a falta de divulgação não inviabilizou a procura. “Sem querer fazer trocadilho, nós temos o costume de dizer que o mineiro come quieto”, diz Borges.

No ano passado, 40 mídias com propagandas do portal foram colocadas no Estado em prédios comerciais.
“Em 15 edifícios de Minas, os frequentadores pediram a retirada da propaganda. Em São Paulo, apenas um imóvel baniu a publicidade e no Rio de Janeiro, nenhum. Por isso, repito, nos surpreende muito esse sucesso junto ao público mineiro”, acrescenta o representante.

Mulher não paga

Para ter acesso ao site é preciso comprar um pacote de créditos. O preço mínimo para homens terem direito a enviar e receber mensagens, trocar fotos ou bater um papo em salas de chat é R$ 80. Para as mulheres, o serviço é gratuito.

No caso dos homens, é possível criar um cadastro sem custo para receber mensagens. Mas para responder as pretendentes é preciso pagar. A reportagem do Hoje em Dia criou um usuário e, em apenas dois dias, recebeu oito convites de mulheres interessadas.