31/03/2013 07:20 - Atualizado em 31/03/2013 07:20
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Este poderoso país se encontra em processo de afundamento, segundo o autor, James Dale Davidson. Analista de mercado e empresário
bem sucedido, ele edita “Strategic Investment”, uma publicação
respeitada por investidores estrangeiros. Um de seus filhos fala
português, pois é filho de brasileira, e o autor demonstra conhecer bem
nosso estado.
Nossas autoridades deveriam ler o livro, para se prepararem para o que
começa a ocorrer em Minas na área de mineração, como tem noticiado o
Hoje em Dia. Se o fizer, estarão seguindo o conselho do bilionário
americano Donald Trump, um dos que recomendam o livro, em comentários na
contracapa. “Esse é um livro sobre seu futuro”, diz Trump, dirigindo-se aos conterrâneos. Pode ser também sobre o futuro dos mineiros.
Na última quarta-feira, este jornal informou que a mineradora Manabi
vai investir R$ 6,25 bilhões, com recursos de fundos de investimentos
dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Coreia, para extrair 31 milhões
de toneladas de minério de ferro nos municípios de Morro do Pilar e
Santa Maria de Itabira, situados no Quadrilátero Ferrífero mineiro.
O que preocupa nesse projeto, a exemplo do que se executa na região de
Conceição do Mato Dentro, é que o minério será levado até o porto, para
exportação, através de mineroduto. Uma via que não gera riqueza, ao
contrário da ferrovia construída pela Vale para transportar o minério de
Itabira. Minerodutos consomem água doce e energia elétrica, produtos
que estão se tornando escassos em todo o mundo.
É preciso cuidado para que Minas não venda suas riquezas sem retorno
efetivo para a população do estado. O governo vem lutando para elevar o
valor dos royalties do minério, mas encontra resistência, pois é forte o
lobby das mineradoras. Enquanto isso, antes de conceder as licenças
para as mineradoras, deve cuidar, pelo menos, de proteger o meio
ambiente.
E os empresários mineiros, donos de pequenas mineradoras, devem ficar
espertos diante do assédio dos grandes grupos internacionais. Como
noticiado na segunda-feira, reservas minerais de Minas e do Pará,
principalmente, estão na mira desses grupos, que planejam investir em
mineração, no Brasil, US$ 75 bilhões, até 2016.
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