Apesar das mobilizações dos servidores da área de segurança pública por causa de atrasos nos pagamentos dos salários em Minas, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, minimizou os impactos afirmando que mantém o diálogo com o governo do Estado. “Estamos conversando com o governador Fernando Pimentel e mostramos o quanto é sensível a área da segurança. Nós acreditamos na capacidade do governo para resolver essa questão de dificuldade financeira e política. A Polícia Militar tem a consciência da sua importância na sociedade”, disse.

O comandante ressaltou que mesmo em situação de crise, “o policial militar está comprometido com a sociedade e não irá se afastar da sua responsabilidade”.

A Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), garante que o rumo da mobilização da categoria vai depender da divulgação do cronograma da tabela de pagamentos que será divulgada nesta sexta (15). “Não aceitamos parcelamentos e escalonamentos dos salários. Nossas ações vão depender de como o governo irá resolver essa situação”, reforça diretor jurídico da entidade, Berlinque Cantelmo.

Para o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiros Militares, coronel Alberto Luiz, a mediação pode trazer solução para o atraso nos salários de todos os servidores. “O comandante-geral da PM está empenhado e acreditamos em uma solução. Caso contrário, não sabemos que proporção as mobilizações podem ter sem a garantia dos pagamentos”, avaliou.

Investimentos

No mês que vem serão entregues 850 viaturas da PM para a Grande BH. O contrato, que é terceirizado, prevê que a corporação terá, até o fim deste ano, 2.350 novos veículos. Ainda em fevereiro, 3 mil novos policiais iniciam o curso de formação na Academia da Polícia Militar.