domingo, 24 de janeiro de 2016

Repasses a sindicatos geram novo atrito para o governo. Segundo Denílson Martins, líder dos policiais civis no Estado, o atraso vai atrapalhar os compromissos dos sindicatos

Durante reunião com quase 40 sindicatos para anunciar o escalonamento e o parcelamento do salário do funcionalismo, o secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, apresentou uma novidade que colocou o Estado em rota de colisão com essas entidades para além da insatisfação da questão salarial. Com o parcelamento dos contracheques – que começará em fevereiro para quem ganha mais de R$ 3.000 – os descontos das contribuições sindicais serão realizados no pagamento da última parcela do vencimento. No caso dos policiais civis, por exemplo, 95% da categoria recebe mais que R$ 3.000, segundo o presidente do Sindpol, Denílson Martins. Dessa forma, o recolhimento e, consequentemente, os repasses aos sindicatos serão feitos depois do quinto dia útil.
Segundo Denílson Martins, líder dos policiais civis no Estado, o atraso vai atrapalhar os compromissos dos sindicatos.
“Há um ônus para os sindicatos. Isso vai inviabilizar muitas entidades. Temos nossos funcionários e contas para pagar também. Vamos ter que postergar nossas responsabilidades”, reclamou Martins. O coro foi endossado por colegas de outros sindicatos.
Segundo ele, o governo acenou que poderá negociar e rever a decisão. A nova regra também atinge os descontos, por exemplo, de empréstimos consignados que os servidores possam ter vinculados em suas contas. Neste caso, segundo Helvécio Magalhães, o servidor não correria o risco de ter problemas com as instituições financeiras, como cobrança de juros. “Você retira do servidor quando do crédito e depois que repassa para o banco. Às vezes, demora dez dias. Já é assim. Não vai mudar muito”, explicou.

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