Defesa do pecuarista insiste na desistência do testemunho do ex-presidente por videoconferência e afirma que vai aguardar o Ministério Público sobre a declaração
Na decisão, Moro ressaltou que "a praxe é aceitar apenas declarações por escrito quando de caráter meramente abonatório" e que "declarações que digam respeito aos fatos em apuração devem ser prestadas em juízo, sob contraditório, para terem valor probatório". Moro intimou a defesa do pecuarista a decidir se insistia na desistência do depoimento de Lula, mesmo que a declaração dele não possa ser usada como prova, ou se recuava e mantinha o ex-presidente entre as testemunhas a serem ouvidas por Moro em videoconferência.
Na declaração dada por Lula, o petista diz, genericamente, que "jamais tratamos de assuntos políticos, muito menos de eventuais interesses do senhor Bumlai junto ao governo, órgãos estatais ou empresas públicas". "Jamais tive conhecimento de eventual interesse do senhor Bumlai em negócios relativos a sondas de prospecção de petróleo, seja através do Grupo Schahin, seja de outros, assim como jamais manifestei a quem quer que fosse que esse assunto pudesse causar-lhe problemas ou pedi ajuda para protegê-lo de um mal cuja existência desconheço", afirmou Lula. "Nunca tive notícia de que o senhor Bumlai pudesse ter se valido de sua relação pessoal comigo para obter qualquer vantagem ou benefício em qualquer tipo de negócio, com contraparte pública ou privada."
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